O bloco dos partidos do Centrão adiou para próxima semana o anúncio de quem o grupo apoiará nas eleições 2018. Nesta quinta-feira, 19, as siglas se aproximaram de uma aliança com o tucano Geraldo Alckmin, que possui preferência no bloco formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade. Em público, porém, o discurso é de que existe uma divisão equilibrada com o pedetista Ciro Gomes, mas dirigentes do PP afirmaram que o acordo com o tucano já foi fechado.
Até a semana passada, antes da adesão do PR, Ciro tinha mais força e a preferência de pelo menos dois presidentes dos partidos. Porém, recentes declarações polêmicas de Ciro provocaram desgaste e receio nos partidos, como um xingamento a uma promotora de Justiça, na ação movida por injúria racial em declaração crítica ao vereador paulistano Fernando Holiday, do DEM. Além disso, há resistência a propostas econômicas do pedetista.
Nesta quarta-feira, o tucano recebeu indicativo de aliança formal do PTB, partido que está no cerne do escândalo do Ministério do Trabalho, mas evitou críticas e defendeu que bons quadros de todos os partidos participem do governo – discurso que agrada aos dirigentes do Centrão. A chegada do PR ao grupo também favoreceu Alckmin.
Os partidos adiaram a decisão sob justificativa de que cada legenda irá realizar consultas internas nos próximos dias para anunciar publicamente uma decisão comum na semana que vem. Os tucanos foram avisados de que o prazo seria a próxima quinta-feira. Os partidos do Centrão, grupo formado por DEM, PP, PRB e Solidariedade, receberam a adesão oficial do PR e decidiram na noite desta quarta-feira (18) fechar aliança em bloco com uma chapa presidencial. Esse apoio passa pela indicação do empresário Josué Gomes como candidato a vice-presidente da República nessa coligação.