A Associação Paulista de Críticos de Arte, a APCA, divulgou na noite de segunda-feira, 18 de janeiro, a lista dos melhores de 2020 nas categorias Arquitetura, Artes Visuais, Cinema, Dança, Literatura, Música Popular, Rádio, Teatro, Teatro Infanto-Juvenil e Televisão. Neste ano, por causa dos impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus, as áreas optaram pela realização de uma premiação com menos categorias, em caráter de excepcionalidade.
“Em 2020, as artes enfrentaram a pior de suas crises estruturais dos últimos tempos: política e de saúde pública. A união de nossos artistas provou mais uma vez que juntos somos mais fortes e que sempre sairemos vencedores. Tudo isso acabou oferecendo aos críticos da APCA um outro olhar para a produção artística, agora com o território ampliado pela virtualidade”, disse Celso Curi, presidente da associação. A cerimônia e o formato de entrega do troféu a todos os artistas contemplados neste no 64º Prêmio APCA ainda não foram definidos.
APCA: alguns dos vencedores
– Cinema
Longa-metragem: “M8 – Quando a morte socorre a vida”, de Jeferso- De.
Longa-metragem: “Sertânia”, de Geraldo Sarno
Média-metragem: “Sete dias em maio”, de Affonso Uchoa
– Dança
Criação: “Silêncio”, vídeo performance de Eduardo Fukushima e Sérgio Roizenblit
Difusão: Programação de Dança do FarOFFa – Circuito Paralelo de Artes de São Paulo, e do FarOFFa no sofá
Ação de formação: Ayodele Balé, escola de formação em danças preferencialmente para pessoas negras e as não negras de baixa renda
Ação de sustentabilidade: senadora Benedita da Silva e deputada federal Jandira Fegalli, pelo trabalho em prol da elaboração, votação e regulamentação da Lei Aldir Blanc, garantindo condições emergenciais de sustentabilidade para a cadeia produtiva da dança
Prêmio especial: 80 Anos da Escola de Dança de São Paulo (Edasp)
– Literatura
Trabalho editorial: Gita Guinsburg, pelas realizações à frente da Editora Perspectiva – refletindo a resistência de todas as editoras no contexto da pandemia
Difusão de literatura brasileira: Bel Santos Mayer, pela propagação de literatura brasileira contemporânea – e mediação de leituras – durante a pandemia, valendo-se de meios aplicados a propostas de isolamento social
Difusão de literatura brasileira no exterior: Nara Vidal, pela revista digital Capitolina Books, que difunde literatura brasileira – online, bilíngue (português / inglês) e gratuita – no exterior
– Música popular
Artista do ano: Teresa Cristina
Artista revelação: Jup do Bairro – “Corpo sem Juízo”.
Melhor live: Caetano Veloso
Melhor disco: “Rastilho”, Kiko Dinucci
– Rádio
Valorização do rádio: Luiz Fernando Magliocca , que esteve ligado a momentos importantes do rádio, desde os anos 70
Profissional do ano: José Eduardo Piedade Catalano, mais antigo radialista profissional na ativa, que comemorou 72 anos de trabalho, na apresentação de programas na Rádio Difusora de Santa Cruz do Rio Pardo/SP
Podcast: “Atenção, Silêncio no Ar” – Criação, produção e apresentação do radialista César Rosa. Em pauta, a história do rádio FM paulistano
– Teatro
Espetáculo: “Bertoleza”
Direção e adaptação: Anderso- Claudir
Texto final: Anderso- Claudir e Le Ticia Conde
Espetáculo virtual: “Peça”, com concepção e atuação Marat Descartes e direção de Janaina Leite
Prêmio especial: Série “Cena Inquieta” em 26 episódios dirigida por Toni Venturi com curadoria de Silvana Garcia sobre teatros de grupo brasileiros
– Televisão
Atriz: Camila Morgado (“Bom Dia, Verônica”/ Zola Filmes-Netflix) e Tatiana Tibúrcio (“Especial Falas Negras”/TV Globo)
Ator: Eduardo Moscovis (“Bom Dia, Verônica”/ Zola Filmes-Netflix)
Dramaturgia: “Bom Dia, Verônica” (Zola Filmes-Netflix)
Programa: “Conversa com Bial” (TV Globo)
Humor: “Marcelo Adnet – Sinta-se em Casa”/Globoplay.