A direita, ou parte dela, adotou a religião como instrumento de hipocrisia. Através dela crucifica qualquer humano que tenha espírito crítico para sua aparente “virtude pastoral”, ou que defenda a democratização dos benefícios da civilização ou defenda o meio ambiente. É a maior empulhação da época contemporânea.
Nessa época, parte da direita, torna-se fanática e literalmente burra, já que pretende parcialidade cega até de Jesus Cristo. Quanto tempo ela vai durar, não se sabe. O que se desconfia é que vai durar muito, se Jesus Cristo não se cansar de ser invocado em vão pela hipocrisia político-religiosa e interferir de novo, carne e osso, na história do mundo conturbado e estupido, e expulsar os vendedores dos templos, sabendo que agora ele poderá ser furado no corpo e na alma, por canhões, tanques e bombas inteligentes, ao invés de lanças primitivas e pontiagudas que prolongaram sua dor humana e seu sofrimento na cruz.
Os céus têm demonstrado absoluta discordância com a estupidez humana, pois até entregaram a um povo, gerado pela convergência de etnias, um território imenso que pode alimentar o mundo, de bilhões de humanos, mas não consegue alimentar seu próprio povo. 30 milhões de famintos. Deram poder e gloria às nações que se fizeram imperialistas e dominadoras de outras, estas que são enganadas no seu anseio de se desenvolverem em benefício de seu povo. Os artifícios econômicos e financeiros são disparados, a tempo e a hora, para destroçar a esperança desses dominados, que não se percebem como escravos de trabalhos forçados com paletó e gravata.
Os céus entregaram florestas com diversidade riquíssima para favorecer os “rios voadores” que umedecem as plantas e as lavouras, só que os homens são se adaptaram a elas, optaram por fazê-las se adaptarem a eles, com seu desmatamento e destruição.
Os céus deram os rios e os lagos, que tantos estão diminuindo de tamanho pelo lançamento exagerado de carbono na atmosfera, contaminando o ar, e deixando que tantos rios sejam contaminados pelo mercúrio da mineração ilegal, com a morte certeira dos guardiões das florestas que são os povos primitivos, os indígenas.
Os céus pregaram a paz, mas o interesse econômico e político e geopolítico de grandes potencias incentivam e geram a guerra demolidora de países e povos. Veja o Haiti. Primeiro país a querer imitar a revolução francesa com seu dístico de liberdade, fraternidade e justiça.
Até hoje é a vítima histórica dessa ousadia libertária. Países ocidentais revezaram-se na demolição de qualquer estrutura de estado e de sociedade, para depois a farra da hipocrisia oferecer força armada internacional temporária, alimentos e medicamentos a um povo rebelde, que só tem encontrado morte e gangues de assalto e de morte em seu pequeno território.
As potencias imperialistas escolhem fazer a guerra em território de país alheio, já que movimentam sua economia paralela, que é indústria de guerra, calculadamente preservando o território próprio. Mas os céus já ensinaram aos humanos que, graças a ciência, não existem barreiras para a invulnerabilidade, tudo fica exposto e na guerra moderna os que morrem mais são os civis.
Se Jesus Cristo não interferir logo, logo, esse mundo, palco desgraçado de miséria, intolerância, fome e guerras, simplesmente poderá não mais existir.
Vamos rezar sem achar que o próximo é a encarnação do Diabo. Afinal, mais de dois mil anos é um tempo mais que necessário ao aprendizado.