O goleiro Fernando Prass está de saída do Verdão. O ídolo de 41 anos, cujo contrato se encerra no final desta temporada, vive seus últimos dias na Academia de Futebol, mas ficará para sempre marcado como um dos maiores goleiros que já vestiram a camisa do Palmeiras. Ao todo, foram 274 jogos, muitos momentos marcantes e um feito inédito nos 105 anos de clube: nunca um título alviverde havia sido conquistado com um gol de goleiro até a Copa do Brasil de 2015, quando o camisa 1 cobrou a última penalidade contra o Santos e garantiu a primeira taça da história do Allianz Parque. Primeiro goleiro contratado pelo Palmeiras desde o paraguaio Gato Fernández em 1994, Prass chegou ao Palestra Itália em 13 de dezembro de 2012. Iniciou o ano de 2013 como titular, sendo um dos pilares do time na volta para a Série A do Campeonato Brasileiro, e seguiu como dono da meta palmeirense em 2014. A consagração veio em 2015, quando foi um dos grandes destaques na conquista da Copa do Brasil e se consolidou como o símbolo da reconstrução alviverde. Convocado para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, sofreu uma grave lesão no cotovelo e, além de perder a chance de conquistar a medalha de ouro com a Seleção Brasileira, cedeu seu posto no Palmeiras a Jailson. Na partida que garantiu o encerramento do campeonato brasileiro ao Verdão, entrou em campo nos minutos finais e pôde sentir o gostinho de levantar mais um troféu pelo clube que aprendeu a amar. Em 2018, perdeu espaço com a chegada de Weverton, justamente seu substituto nas Olimpíadas do Rio. Não por isso abaixou a cabeça. Ao contrário, continuou treinando com ainda mais afinco (inclusive nos próprios dias de jogos) e sempre esteve em plena forma à disposição da comissão técnica. Ao final do ano, comemorou mais um título brasileiro, o terceiro troféu nacional pelo clube. Prass se despede do Palmeiras como o oitavo goleiro com mais partidas pelo clube na história (atrás apenas de Leão, Marcos, Valdir de Morais, Velloso, Oberdan, Sérgio e Gilmar) e o segundo que mais atuou no século (atrás apenas de Marcos, com 392). No total de atletas que mais vestiram a camisa alviverde, ocupa a 39ª posição.