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Anvisa vai avaliar vacinas em 10 dias

MARCELO CAMARGO/AG.BR.

A Agência Nacional de Vi­gilância Sanitária (Anvisa) in­formou nesta segunda-feira, 14 de dezembro, que estabeleceu prazo de dez dias para avaliar pedidos de uso emergencial de vacinas contra a covid-19. Em nota, o órgão disse que traba­lhará em tempo integral, inclu­sive nas semanas de Natal e ano novo, para analisar autorizações de importação, certificar linhas de produção e autorizações so­bre uso de vacina.

“Se todos os documentos necessários tenham sido subme­tidos à Anvisa pelos fabricantes da vacina, a Anvisa estima que o prazo de até 10 (dez) dias para concluir a avaliação quanto à autorização de uso emergencial, desde que sejam vacinas das empresas que venham apresen­tando dados para Anvisa e pos­suem ensaios clínicos em con­dução no Brasil”, diz a agência.

Não havia prazo estabele­cido para avaliação de pedidos de uso emergencial de vacinas, mas a agência já esperava se manifestar antes dos 60 dias pre­vistos para avaliação de registro de produtos contra a covid-19. A Anvisa tem sido pressionada para dar uma resposta ágil na liberação de vacinas. A agência, porém, ainda não recebeu pedi­dos de uso emergencial.

Apenas empresas que têm estudos finais de desenvolvi­mento de imunizantes no Brasil (fase 3) podem pedir esse aval. A aplicação emergencial deve ser feita no SUS, em grupos res­tritos, como de idosos ou pro­fissionais de saúde. Há quatro vacinas com testes de fase 3 em andamento no País.

O modelo desenvolvido pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universi­dade Oxford, a CoronaVac, da chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a das americanas Pfizer e BioNTech, além da vacina da Janssen-Cilag (Jhonson & Jhonson).

Plano de imunização
O ministro Ricardo Lewa­ndowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), cobrou do minis­tro da Saúde, Eduardo Pazuello, esclarecimentos sobre o crono­grama do plano de imunização contra o novo coronavírus. Por determinação de Lewandowski, o governo federal deverá informar o STF, em um prazo de 48 horas, a previsão de início e término das distintas fases da vacinação

Na última sexta-feira (12), o governo entregou ao Supremo o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 sem prever o início da data da aplicação das doses. O documento foi enviado ao gabinete de Lewandowski, nas vésperas do julgamento marcado para discutir a obriga­toriedade da vacina e a apresen­tação, por parte do Palácio do Planalto, de um plano contra a doença. O ministro é o relator de quatro ações sobre o tema.

O plano tem 94 páginas. No documento, o ministério apre­senta como “garantidas” 300 milhões de doses de vacinas contra covid-19, das quais mais de 180 milhões viriam do acor­do com Oxford/AstraZeneca, 42 milhões seriam fornecidas pelo Covax Facility e outras 70 milhões viriam da Pfizer.

No trecho em que lista as va­cinas “já garantidas”, o governo federal não cita a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e o Instituto Bu­tantã, ligado ao governo paulis­ta. A gestão Bolsonaro prepara uma medida provisória para liberar R$ 20 bilhões para com­prar e centralizar a distribuição de imunizantes no País.

No domingo (13), o Minis­tério da Saúde alegou que não apresentou uma data exata para a vacinação porque não há ainda no mercado nacional “uma vaci­na eficaz e segura”, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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