A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) derrubou nesta quarta-feira, 1º de março, a exigência de máscaras em aeroportos e aeronaves no Brasil como forma de prevenção contra a covid-19. O órgão federal, porém, mantém a recomendação de uso. A suspensão havia sido pedida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
A decisão atinge também o Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes, em Ribeirão Preto. Para fazer o pedido, o CFM se baseou em uma revisão de estudos internacionais publicada na “Cochrane Library”, cuja principal conclusão é de que a proteção facial não teria impacto significativo. Cientistas apontam fragilidades do estudo e questionam resultados.
O diretor da Anvisa, Alex Campos, reforça que as máscaras continuam sendo importantes no combate à pandemia. Segundo ele, a proteção segue recomendada para pessoas com sintomas respiratórios. Publicado em 30 de janeiro, o estudo avaliou a eficácia da máscara na prevenção de doenças respiratórias – entre elas a covid-19.
O trabalho revisa dados de outros doze estudos e é assinado por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido. A principal conclusão da revisão é que a máscara faz “pouca ou nenhuma diferença” como política de saúde pública destinada a evitar a disseminação de vírus respiratórios. O estudo reascendeu a polêmica que já havia provocado intensos debates no início da pandemia.