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Anvisa autoriza teste em farmácia

ALFREDO RISK

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sani­tária (Anvisa) aprovou nesta terça-feira, 28 de abril, a apli­cação de testes rápidos para a detecção do novo coronaví­rus (covid-19) em farmácias. Com a decisão, a realização deixará de ser feita apenas em ambiente hospitalar e clínicas das redes públicas e privadas.

“O aumento [dos testes] será uma estratégia útil para diminuir a aglomeração de indivíduos [em hospitais] e também reduzir a procu­ra dos serviços médicos em estabelecimento das redes públicas”, diz o diretor pre­sidente substituto da Anvisa, Antonio Barra Torres. As far­mácias não serão obrigadas a disponibilizar o teste.

O estabelecimento que op­tar pelo procedimento deve­rá ter profissional qualifica­do para realizar do exame. A realização dos exames não servirá para a conta­gem de casos do coronavírus no país. Em seu voto, Barra Torres, que foi o relator do processo, destacou ainda que o teste não terá efeito de con­firmação do diagnóstico para o coronavírus.

Isso porque há a possibi­lidade de o teste apontar o chamado “falso negativo”, quando o paciente é tes­tado ainda nos primeiros dias de sintomas. “Os tes­tes imunocromatográficos não possuem eficácia con­firmatória, são auxiliares. Os testes com resultados negativos não excluem a possibilidade de infecção e os positivos não devem ser usados como evidência ab­soluta de infecção, devendo ser realizados outros exa­mes laboratoriais confirma­tórios”, ressalta Torres.

A Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas aler­ta para problemas e limita­ções da realização de testes. Segundo Flavio da Silva Emery, presidente da ABCF, esta prática apresenta riscos que a entidade acredita se­rem impeditivos. Ele cita os resultados falso positivo e falso negativo (falso reagen­te e falso não-reagente, res­pectivamente), que podem gerar pânico ou aumento do contágio, por exemplo, em função da limitada eficiên­cia do teste.

“Além disso, a oferta des­tes procedimentos em farmá­cias e drogarias poderia levar à formação de aglomeração em ambiente fechado, sem estrutura capaz de receber adequadamente os indivídu­os interessados”, ressalta. A liberação dos testes rápidos em farmácias enfrenta resis­tências, devido a questões sanitárias e ligadas também à eficácia dos exames.

Ao comentar a aprova­ção da realização dos testes em farmácias, Barra Torres lembrou que esses testes vêm sendo feitos por determina­ção de alguns governos lo­cais. A liberação desses tes­tes será temporária e deve permanecer no período de emergência de saúde públi­ca nacional decretado pelo Ministério da Saúde em 4 de fevereiro deste ano.

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