O preço do botijão de 13 quilos de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), que havia recuado nos revendedores de Ribeirão Preto em setembro, voltou a subir e já custa mais de R$ 80 novamente, além de ser o mais caro do estado de São Paulo. A informação é da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que em sua mais recente pesquisa, realizada entre 7 e 13 de outubro, constatou que o valor praticado nos revendedores da cidade subiu 4,5%.
Entre 30 de setembro e 6 de outubro, o botijão vendido em Ribeirão Preto custava R$ 79,67 (piso de R$ 70 e teto de R$ 90), e na semana passada saltou
para R$ 83,29 (mínimo de R$ 75 e máximo de R$ 90), acréscimo de R$ 3,62. A cidade havia deixado o topo do ranking paulista – liderava desde o ano passado até agosto, com algumas oscilações, mas sempre entre os cinco municípios que cobram o valor mais alto pelo produto. Em setembro não foi diferente e encerrou o mês em quarto lugar.
Reassumiu o topo do ranking no início de outubro e agora consolidou a liderança. Ribeirão Preto e São Caetano do Sul são os únicos municípios paulistas onde o gás de cozinha custa mais de R$ 80. No estudo realizado entre 23 e 29 de setembro, o valor médio cobrado na cidade era de R$ 77,24 (piso de R$ 70 e teto de R$ 90). Até dia 22, a média era de R$ 77,95.
Os revendedores de Ribeirão Preto pagam R$ 54 pelo vasilhame de 13 quilos. A variação chega a 54,2%, diferença de R$ 29,29. As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem 3.300 unidades por dia para os comerciantes. O botijão chegou a custar R$ 88 durante a greve dos caminhoneiros, em maio, segundo a ANP.
O valor médio cobrado do consumidor em Ribeirão Preto (R$ 83,29) está R$ 26,29 acima do praticado em Mogi Mirim, de R$ 57 (piso de R$ 52 e teto de R$ 65), o produto mais barato do estado, variação de 46,1%. A segunda colocada do ranking dos mais caros é São Caetano do Sul, que havia assumido a liderança em agosto, e hoje vende o botijão a R$ 80,48 em média (mínimo de R$ 69,99 e máximo de R$ 89,90, mesmo valor do levantamento anterior), variação de 3,5% em relação ao cobrado em Ribeirão Preto, R$ 2,81 a menos.
O GLP também é mais caro em Guarujá (R$ 75,96). O gás de cozinha começou a ter reajuste trimestral em janeiro deste ano “para suavizar os repasses da volatilidade dos preços ocorridos no mercado internacional para o preço doméstico”, disse a Petrobras na época.
Segundo a Petrobras, o impacto ao consumidor brasileiro seria maior do que o concedido, mas foi diluído pela combinação entre o período de nove meses usado como base para o cálculo do preço, conforme definido na metodologia anunciada em janeiro, e do mecanismo de compensação que permitirá que eventuais diferenças entre os preços praticados ao longo do ano e o preço internacional sejam ajustadas ao longo do ano seguinte, conciliando a redução da volatilidade dos preços com os resultados da estatal.