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Animais soltos – Presidente de CPI cobra cremação

JF PIMENTA-ARQUIVO TRIBUNA

O presidente da Comis­são Parlamentar de Inquérito (CPI) da Eutanásia, Marcos Papa (Rede), afirmou ao Tri­buna que o edital de licitação feito pela prefeitura de Ribei­rão Preto, para contratação de empresa especializada em recolhimento e tratamento de animais de grande porte soltos em vias públicas, contém avan­ços. Contudo, ele exige que a administração também cum­pra uma lei estadual que trata da cremação de bichos mortos.

Há três meses o município está sem o serviço de recolhi­mento de animais soltos de vias públicas. A Clínica Vete­rinária Ricardo, que até o ano passado era contratada pela administração, suspendeu o serviço em novembro por falta de pagamento – um mês antes do término do contrato. Desde então, são inúmeras as denún­cias de cavalos soltos pela cida­de. “A prefeitura demorou muito na elaboração, principalmente se considerarmos que ela já sa­bia que o contrato anterior ter­minaria em dezembro. Porém, apresentou um bom edital de licitação, mais completo repa­rando equívocos apontados pela CPI”, frisa Papa.

Um dos apontamentos feitos pela CPI refere-se ao te­lefone da empresa usado para receber denúncias de animais soltos em vias públicas. O “0800” da Clínica Ricardo só atendia ligações feitas por te­lefones fixos e, para a próxima empresa contratada, haverá a exigência de o serviço tam­bém atender ligações feitas por meio de aparelhos celulares.“­Se o munícipe está no trânsi­to e se deparar, por exemplo, com cavalos soltos oferecendo riscos aos próprios animais e também à população não tem cabimento ele só poder acionar a empresa contratada por meio de um aparelho fixo”, pondera.

O edital também especifica que eutanásias só poderão ser realizadas por médicos veteri­nários. Em depoimento à CPI da Eutanásia, o motorista da Clínica Ricardo admitiu ter eutanasiado cavalos atropela­dos, sozinho, mesmo sem co­nhecimento técnico, com aval da responsável pela Coorde­nadoria do Bem-Estar Animal (Cbea). “Apesar do atraso, per­cebemos que a Prefeitura cor­rigiu erros históricos que vi­nham sendo práticos também pela atual administração. Com essa nova licitação, esperamos que a prefeitura adote todos os procedimentos corretos. Falta agora a administração elaborar um contrato que obedeça a lei da cremação animal”, enfatiza.

Marcos Papa refere-se ao tratamento e à destinação dos corpos dos animais que mor­rem ou precisam ser sacrifica­dos em Ribeirão Preto. A lei estadual n° 15.413 dispõe so­bre o tratamento térmico por cremação de animais mortos provenientes de estabeleci­mentos de ensino e pesquisa e de assistência à saúde veteriná­ria sediados no Estado de São Paulo. “A prefeitura está em dívida com a cidade em rela­ção a isso. A lei estadual exige a cremação dos animais mor­tos porque cientificamente está provado que é a única forma de preservar a saúde pública e o próprio meio ambiente”, des­taca.

No edital feito pela prefei­tura, consta apenas que “após a realização do procedimen­to será feita comunicação à Coordenadoria de Bem-Estar Animal, que deverá acionar o setor responsável pelo recolhi­mento/destinação da carcaça do animal”. A CPI da Eutanásia constatou que o corpo do cavalo que foi eutanasiado pelo moto­rista da Clínica Ricardo acabou sendo enterrado por funcioná­rios do Daerp em cima de uma nascente no bairro Branca Sal­les. Papa registrou boletim de ocorrência, na época, e ainda aguarda um laudo da Compa­nhia de Tecnologia Ambiental de São Paulo (Cetesb), aciona­da pela Polícia Civil.

Outro ponto destacado pelo vereador, no edital, refere-se a responsabilidade da contratante “acompanhar a perfeita execu­ção dos serviços, através de re­cebimento de cópias de exames, vacinas e laudos, além de rela­tórios mensais, bem como de vistorias periódicas na proprie­dade em que ficam abrigados os animais recolhidos”. “É fun­damental que a Coordenadoria de Bem-Estar Animal fiscalize o cumprimento do contrato à risca, ainda mais agora que o valor estimado é o dobro do que vinha sendo destinado ao serviço”, conclui Marcos Papa. Segundo o edital, a prefeitura pretende investir até R$ 688 mil por ano para retirar ani­mais de grande porte das ruas e avenidas da cidade.

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