Por Eliana Silva de Souza
Tradicional evento de cinema de animação, o festival Anima Mundi corre contra o tempo para conseguir realizar sua edição 2019, que está marcada para julho, de 17 a 21, no Rio de Janeiro, e de 24 a 28 em São Paulo. Após receber a informação que seu antigo patrocinador não apoiaria mais o evento, a produção saiu em busca de alguma alternativa. Foi aí que surgiu a ideia de fazer uma campanha de crowdfunding, parceria com site Benfeitoria, que já está nos últimos momentos de arrecadação, mas ainda não atingiu o montante necessário.Segunda Fernanda Cintra, diretora executiva do Anima Mundi, “para atingir a meta mínima da campanha de financiamento coletivo precisamos de, pelo menos, mais R$ 250 mil para chegar a R$ 400 mil, valor que nos permite realizar as mostras no Rio e em São Paulo”. Ela diz que, dessa forma, a mostra acontece, mas que estaria distante de ser como gostariam que fosse, o que necessitaria de R$ 2 milhões. “Estamos muito distantes desse valor”, lamenta.
Querido por crianças e adultos, o Anima Mundi, nesses 26 anos, soma um total de 10 mil filmes de animação, que puderam ser vistos por esse público.
“Festival revelou talentos como Carlos Saldanha e o Alê Abreu, que concorreram ao Oscar”, conta Fernanda. Ela ainda salienta que, na edição de 2018, foram exibidos mais de 500 filmes, empregando mais de 700 pessoas e movimentando R$ 26,8 milhões e gerando R$ 2,6 milhões em impostos, com público estimado de 50 mil pessoas. “Além disso, levou essas obras para salas de aula de escolas da rede pública.”
O Anima Mundi, de acordo com a diretora, permitiu a “estruturação do mercado de animação, que não se resume à animação cinematográfica, estendendo-se à TV e ao mercado publicitário”. Além disso, Fernanda explica que esse é o principal festival de animação do Brasil e da América Latina, sendo o único credenciado na Academia de Cinema. “Isso lhe permite indicar uma animação para ser avaliada pela comissão do Oscar, e ainda recebe os principais nomes da animação do mundo”, orgulha-se a Fernanda.
Para participar da iniciativa, o público pode acessar:
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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.