Tribuna Ribeirão
Política

Análise de laudos começará em dias

O prefeito Duarte Noguei­ra Júnior (PSDB) e o presiden­te da Câmara de Vereadores, Rodrigo Simões (PDT), estive­ram reunidos nessa terça-feira, 3 de outubro, em São Paulo, com o procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Poggio Smanio. A au­diência, pedida pelo chefe do Exe­cutivo, teve por tema o polêmico prédio anexo do Legislativo, o chamado “puxadinho”, obra que está inacabada e paralisada desde o final do ano passado.

O prédio já recebeu investi­mentos de R$ 6,4 milhões dos R$ 6,8 milhões previstos no contrato firmado entre a Câmara e a Ce­dro Construtora, mas está longe de ficar pronto. A obra motivou a instalação de uma Comissão Par­lamentar de Inquérito (CPI), que terminou no meio do ano com a recomendação expressa de resci­são unilateral do contrato com a vencedora da licitação.

Ao longo da CPI, ocorreu uma espécie de “guerra de lau­dos”. O estudo técnico elabora­do por engenheiro contratado pela Cedro sustenta que todo o dinheiro liberado pela Câma­ra foi efetivamente aplicado no canteiro de obras e a não con­clusão se deve a erros no proje­to executivo, que serve de base para a licitação. Já o parecer de um engenheiro convidado pela comissão alega que vários itens previstos no cronograma físico­-financeiro não foram contem­plados pela construtora.

Em meio à “guerra de lau­dos”, o presidente da Câmara decidiu recorrer ao Ministério Público Estadual (MPE), encami­nhando os dois laudos e condicio­nando qualquer providência da parte da Mesa Diretora do Legis­lativo a uma orientação do MPE. Este, por sua vez, encaminhou os laudos para o Centro de Ativida­des Extrajudiciais (CAEx), órgão auxiliar que oferece suporte téc­nico-operacional às Promotorias e Procuradorias de Justiça do Es­tado de São Paulo.

O pedido de ajuda ao MPE foi feito há quase dois meses e, sem notícias sobre o andamento da análise técnica do CAEx nos dois laudos encaminhados pelo Legislativo, o presidente Rodrigo Simões foi a São Paulo ressaltar as circunstâncias especiais do caso, que segundo ele merecem maior agilidade por parte do MPE. “Ex­plicamos a situação excepcional ao procurador-geral, que se mostrou bastante compreensivo e determi­nou ao CAEx que inicie a análise dos laudos nos próximos dias”, disse Rodrigo Simões, ainda es­perançoso de adotar uma solu­ção definitiva para o caso “puxa­dinho” ainda durante sua gestão à frente do Legislativo, que ter­mina no final do ano.

As obras do “puxadinho” (ide­alizado pelo ex-presidente Walter Gomes (PTB), preso em Tremem­bé), foram paralisadas no segundo semestre do ano passado – já con­sumiu 94,1% do valor previsto em contrato e está longe de ser conclu­ída. A Cedro Construtora diz que só consegue finalizar a intervenção com aporte de R$ 1,7 milhão.

O novo edifício, idealizado em 2015 com prazo de entrega para agosto do ano passado, deveria abrigar os gabinetes da presidên­cia, dos dois vices e do primeiro e segundo secretários para acomo­dar no prédio antigo os cinco no­vos parlamentares da atual legisla­tura – o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base na população da cidade, decidiu que Ribeirão Preto deveria ter 27 cadeiras no Legisla­tivo, ao invés das 22 anteriores.

Além de recomendar a resci­são do contrato com a empresa, a CPI pediu encaminhamento de cópias do relatório ao MPE e ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE/SP). A Polícia Ci­vil instaurou inquérito para acom­panhar o caso, já que há a suspeita de falsificação de assinatura em um documento. A Cedro disse em nota que “segue reafirmando seu compromisso com a conclusão da obra e acredita que a conti­nuidade do contrato é a solução técnico-econômica mais viável para atingir este objetivo”.

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