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Amar os enfermos com amor de mãe!

Neste dia 14 de Julho comemoramos a Memória de São Camilo de Lellis, Protetor dos Profissionais da Saúde. Re­comendamos nossos amados enfermos à proteção de Nossa Senhora de Lourdes e nossos Agentes da Pastoral da Saúde à proteção de São Camilo.

A mente humana compreende duas faculdades exímias: o in­telecto e a vontade. Convém, desde logo, lembrar que o intelecto não se restringe à razão, ou seja, não procede apenas por argu­mentos ou provas lógicas ou empíricas, mas tem também uma capacidade de intuir a verdade. A mente humana nos propor­ciona, pois, a capacidade de conhecer e amar. Ou, olhando por parte do objeto, coloca-nos em contato com a verdade e com a bondade por parte do objeto, coloca-se em contato com a verda­de e com a bondade dos seres, respectivamente.

Nosso tempo de pandemia nos adverte contra o perigo de cairmos no objetivismo. Nosso relacionamento com o objeto envolve também sentimentos. E logo discernimos entre os objetos de nível físico, vegetativo, sensitivo e racional. Nosso relacionamento, ou seja, nosso conhecimento com os mine­rais, as plantas, os animais não pode ser o mesmo que temos com os homens e com Deus.

No caso dos homens e de Deus, nosso relacionamento, que envolve conhecimento, vontade e sentimentos, é intersubjetivo. E essa característica envolve todo o nosso relacionamento com o universo, na medida em que o acolhemos de Deus e ele nos revela as suas maravilhas, tornando-se habitação e ambiente de vida para nós e nossos semelhantes. É o que nos ensina Saint Exupéry, no Pequeno Príncipe: a raposa, por não comer pão, não teria nenhum relacionamento com o trigal. Mas se for cativada pelo Pequeno Príncipe, lembrará as ondulações de seus cabelos e adquirirá um profundo e novo significado.

Viver humanamente é realizar-se. É tornar-se pessoa. Isso se faz pelo relacionamento, que tem, na intersubjetividade, sua matriz. Sua atitude básica será a acolhida de cada pessoa, para que ela se sinta amada e realizada. Não é, pois, possível curar uma pessoa – de qualquer doença – sem levá-la à vi­vência de sua subjetividade, que resulta da intersubjetividade das pessoas que cuidam dela. Curar, no fundo, é demonstrar carinho, ir em socorro, tirar do isolamento, mostrando que ela não está a sós no combate à doença.

Não conseguindo reagir com as próprias forças, há quem lhe venha em socorro. E isso deve ser feito humanamente, o que equivale a dizer, intersubjetivamente. A doença humana não se reduz a um fenômeno biológico. Envolve e afeta profundamente sua mente (cf. Fonte: GRINGS, Dadeus. Cartilha da Saúde – Um Apelo da Bioética. Presscom, Porto Alegre (RS), 2008 pp. 29-30).

Especialmente a Igreja, através de seus Ministros Ordenados e da Pastoral da Saúde, deve priorizar nas Comunidades de Fé, Oração e Amor, os Enfermos, que fazem de seus limites físicos e leitos de dor, o verdadeiro Altar do Sacrifício do Senhor. “São Camilo de Lellis nasceu na Itália em 1550 e lá faleceu em 1614. Fundou a Ordem dos Ministros dos Enfermos – os Camilianos.

Alcançou picos sublimes de caridade, movido pela convicção de que todo enfermo é o Cristo em pessoa. Foi declarado patro­no dos enfermos e dos hospitais. Impulsionados por seu admi­rável exemplo, comprometamo-nos a dedicar tempo e atenção aos doentes de nossas famílias” (cf. Liturgia Diária de Julho de 2021, p. 66). São Camilo de Lellis interceda por todos os acome­tidos pela covid-19 e abençoe tantos quantos se dedicam a salvar vidas, os Profissionais da Saúde!

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