O músico Anderson Pereira de Oliveira, de 23 anos, que participou dos cursos oferecidos pela Instituição Aparecido Savegnago, foi o primeiro ex-aluno a concluir a graduação em curso de ensino superior. No mês de maio, ele obteve a licenciatura em Educação Artística com habilitação em Música na Universidade de São Paulo (USP).
“Iniciei na instituição em 2008 e frequentei até 2016, quando entrei na faculdade. Eu não tocava nenhum instrumento, aprendi toda minha base na instituição, como instrumento específico foi o contrabaixo acústico. Mas, durante os anos tive contato com outros cursos que a instituição oferece como coral, teatro, artes plásticas e percussão”, diz Oliveira.
“Os conteúdos sobre cidadania e caráter formaram grande parte de quem eu sou, de maneira muito acolhedora e gradual, já que passei toda minha adolescência frequentando a instituição”, frisa. “Além disso, possibilitaram uma busca maior por conhecimento em outros lugares, incluindo, a faculdade”.
Em relação aos projetos futuros o músico afirma que pretende continuar o aperfeiçoamento profissional e acadêmico. “Vou continuar tocando e fazendo arte. Penso em ingressar no mestrado profissional, lecionar como professor de música e produzir algo que chegue às outras pessoas”, diz.
Para o diretor artístico da Instituição Aparecido Savegnago, Lucas Galon, a trajetória do músico é muito gratificante e representa um exemplo do que é possível alcançar por meio do trabalho oferecido nos programas de formação musical, artístico e de cidadania.
“Comemoramos muito pelo fato de ser o primeiro aluno a entrar na USP e se formar. Nosso pensamento sobre a formação artística e musical inclui também a formação integral do aluno, que envolve a questão de cidadania, visando integrar uma base cultural e visão de mundo mais profunda”, comenta.
“Além disso, existe a possibilidade de ter uma função profissionalizante no campo da música, que passa pela universidade. Assim, quando ele decidiu ser músico foi dado todo o suporte para ingressar na USP e durante o curso, ele conseguiu um emprego na área. Claro, que tudo passa pelo mérito pessoal dele e da família, mas é um exemplo do que a instituição é capaz de fazer na vida de uma pessoa”, conclui Galon.