Tribuna Ribeirão
Política

Aluno agressor pode perder a Bolsa Família

Valter Campanato/Agência Brasil

O novo ministro da Edu­cação, Abraham Weintraub, defendeu que professores agre­didos por alunos chamem a po­lícia e que os pais sejam proces­sados. Segundo o ministro, se algum estudante receber recur­sos do Bolsa Família, o benefí­cio deve ser cortado. As declara­ções foram dadas em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Perguntado sobre que me­dida pretende adotar para cumprir a promessa do pro­grama de governo sobre dis­ciplina nas escolas, afirmou: “No curto prazo, não faremos nada nesse aspecto. Mas sou a favor de seguir a lei. Se o alu­no agride, o professor tem de fazer boletim de ocorrência. Chama a polícia, os pais vão ser processados e, no limite, tem que tirar o Bolsa Família dos pais e até a tutela do filho. A gente não tem que inventar a roda. Tem que cumprir a Constituição e as leis ou cami­nhamos para a barbárie. Hoje há muito o ‘deixa disso’, ‘coita­do’. O coitado está agredindo o professor. Tem que registrar, o pai tem que ser punido. Se não corrigir, tira a tutela da crian­ça. Se o professor alega que ele não tem apoio do Estado, um recado: o Estado somos nós”.

Defensor do combate ao chamado “marxismo cultural”, Weintraub disse que vai tomar conta de tudo que sair do MEC: de provas nacionais a livros di­dáticos. E disse que está prepa­rado para enfrentar sabotagens internas no ministério, afirman­do que não é caçador de comu­nista. “Quando chegamos aqui na Casa Civil começamos a dia­logar com os caminhoneiros. Lá pelas tantas, dois infiltrados sol­taram um comunicado dizen­do que caminhoneiro era sem vergonha. Era sabotagem. Eles foram desligados. Ainda tem gente que vai sabotar. Estamos preocupados com vazamentos, com sabotagens. Mas não estou indo lá caçar ninguém. Não sou caçador de comunistas. Não gosto do comunismo, mas acei­to o comunista. Quero a reden­ção dele.”

Ele afirmou ainda que re­cebeu carta branca de Bolso­naro para nomear a equipe e avisou, sem citar nomes ou números que já sabe quem vai demitir no MEC. “Já sei algu­mas pessoas que vou tirar. Vou colocar técnicos e gestores no lugar. Estamos buscando no curto prazo entregar os nú­meros, o resultado. Temos o compromisso não só com o grupo que nos elegeu. Temos de governar para todos. E isso envolve fazer provas, as coisas chegarem na hora certa, e no preço”, disse Weintraub.

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