A expectativa de um verão tórrido, com dias de muito calor, o aumento da confiança dos consumidores e o otimismo com uma possível melhoria da situação econômica do País nos próximos meses não foram ignorados pelos donos de imóveis que costumam alugá-los para as temporadas de férias nas cidades mais procuradas do litoral de São Paulo. Para quem ainda está programando viagem com a família ou com os amigos, a dica é pesquisar.
Pesquisa feita com 29 imobiliárias de dez cidades do litoral paulista pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CreciSP) apurou que houve aumento generalizado nas diárias de locação de casas e apartamentos para as férias de verão deste ano em relação aos preços do ano passado. Em 19 tipos de imóveis disponíveis para alugar nessas imobiliárias, onze estão com diárias mais caras e apenas quatro com valores menores.
As cidades da faixa central do litoral, como Guarujá, e as do litoral norte, como Ubatuba e São Sebastião, são as que mais sentiram o impacto dessa onda de otimismo dos donos de imóveis. Apartamentos de três dormitórios no Guarujá têm diária média de R$ 2,7 mil, ou 390,9% a mais que os R$ 550 cobrados no período de janeiro/fevereiro de 2018. Foi o maior aumento dentre todos os tipos de imóveis ofertados.
O segundo maior reajuste também foi registrado nessa mesma região – as diárias de apartamentos de dois dormitórios subiram 339,02%, passando da média de R$ 410 no ano passado para R$ 1,8 mil. Segundo os resultados da pesquisa CreciSP, ficaram, porém, mais baratas as diárias de casas – as de três dormitórios baixaram 9,51% (de R$ 1.166,00 para R$ 1.055,00) e as de dois dormitórios estão custando 8,89% menos (de R$ 933 para R$ 850).
No litoral norte, apartamentos de três dormitórios estão sendo oferecidos em média por R$ 2,7 mil, preço 266,35% maior que os R$ 737 cobrados nas férias de 2018. Apartamentos menores, com dois dormitórios, também estão com diárias mais caras – elas custam em média R$ 1,8 mil, 260% a mais que os R$ 500,00 do período anterior. A pesquisa não encontrou referências de preços de apartamentos de tipo quitinete, de um e de quatro dormitórios.
Nessa faixa do litoral, por sinal, todos os tipos de casas que as imobiliárias têm em oferta para alugar estão com diárias mais caras, começando pelas de um dormitório. A diária na temporada de férias passada custava em média R$ 313, valor que agora subiu 155,59% e sai em média por R$ 800 diários.
Mais baratos no sul
Foi no litoral sul de São Paulo que a pesquisa CreciSP registrou os menores valores de diárias para as férias de janeiro e fevereiro. Em cinco tipos de imóveis em oferta nas imobiliárias pesquisadas em cidades como Praia Grande e Peruíbe, três estão com diárias mais caras e dois, mais baratas na comparação 2018/2019.
Mesmo tendo aumentado 60%, de R$ 150 para R$ 240 – e este foi o maior aumento nessa região – os apartamentos tipo quitinete nessas cidades são os que têm as diárias mais baratas para as férias de janeiro/fevereiro. A segunda diária mais barata de toda a pesquisa CreciSP é a de apartamentos de um dormitório também no litoral sul – são ofertados em média por R$ 300 diários, valor que é 30,43% maior que os R$ 230 da temporada anterior.
A pesquisa CreciSP não encontrou nas 29 imobiliárias pesquisadas ofertas para locação de apartamentos de três e quatro dormitórios, apenas casas. As de três dormitórios custam em média R$ 524 diários, 9,18% a menos que os R$ 577 das férias passadas, e as de quatro dormitórios podem ser alugadas em média por R$ 1.075,00, ou 23,56% a mais que os R$ 870 da temporada 2018.
Vantagem da locação
“Ainda é mais vantagem alugar uma casa ou apartamento porque se pode ter por exemplo, até dez pessoas em um imóvel de três dormitórios, e com cozinha para se preparar as refeições, sempre um custo considerável quando se opta por restaurantes nessas épocas de grande demanda”, afirma José Augusto Viana Neto, presidente do CreciSP.
“Você pode não ter a comodidade de um café da manhã à sua espera, pronto e sem nenhum trabalho, mas terá a compensação de um grande alívio no bolso”, completa. “É só fazer as contas para ver a vantagem que, é claro, será financeira, já que o aluguel não traz junto arrumadeira, camareira e serviço de quarto”, acrescenta.