Tribuna Ribeirão
Política

Aloysio Nunes pede demissão

(Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente da Investe SP, Aloysio Nunes, pediu demissão do cargo nesta terça-feira, 19, após reunião com o governador João Doria (PSDB). A decisão foi tomada após Aloysio ter sido alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal, na 60ª fase da Operação Lava Jato.

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a Operação Ad Infinitum, fase 60 da Lava Jato, e cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços liga­dos a Aloysio, entre eles o apar­tamento onde mora ex-chance­ler, em Higienópolis. Segundo investigação da força-tarefa da Lava, Aloysio teria recebido um cartão de crédito em dezem­bro de 2007 vinculado a uma das contas da off shore Groupe Nantes, controlada pelo ex-di­retor da Dersa e suposto ope­rador do PSDB, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto.

À época, Aloysio era secretá­rio da Casa Civil do governo de José Serra (PSDB) em São Paulo e teria indicado Vieira de Souza para ocupar o cargo de diretor de engenharia da Dersa, estatal paulista responsável por obras viárias, como o Rodoanel.

Documentos fornecidos pelo Ministério Público da Su­íça mostram que o cartão foi enviado para Aloysio no Hotel Majestic, em Barcelona, na Es­panha, onde ele ficaria hospe­dado entre os dias 24 e 29 de dezembro de 2007.

Mais cedo, Aloysio disse que ainda “não teve acesso às infor­mações” da Operação Ad Infini­tum. Segundo ele, o delegado da Polícia Federal que conduziu as buscas em sua residência nesta terça, 19, “foi muito cortês”, mas não revelou a ele os motivos da diligência. “O inquérito está em segredo, eu estou buscando sa­ber o que há.”

Aloysio negou ter recebi­do cartão de crédito da conta do operador do PSDB Paulo Vieira de Souza, preso na Ad Infinitum.

Aloysio é o segundo nome do primeiro escalão do gover­no Doria a se afastar após ser alvo de operação da Lava Jato. Em dezembro, o ex-ministro Gilberto Kassab sofreu buscas e apreensão da Polícia Federal em sua residência no inquérito que investiga o suposto rece­bimento de R$ 23 milhões de propina da JBS.

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