Embora hoje esteja longe de comemorar as mesmas vitórias do passado de bicampeão mundial de Fórmula 1, Fernando Alonso segue com o seu calendário automobilístico agitadíssimo. Dois dias depois de correr uma tradicional prova em Daytona, nos Estados Unidos, Fernando Alonso teve, na última terça-feira, 30 de janeiro, a sua participação oficialmente confirmada nas 24 Horas de Le Mans, na França, palco desta outra lendária corrida que faz parte do Campeonato Mundial de Endurance (WEC, na sigla em inglês), nos próximos dias 16 e 17 de junho.
O piloto espanhol também conta com a sua presença prevista em todas as provas do calendário de 2018 da F-1, na qual segue correndo pela McLaren. A equipe inglesa, por sinal, aceitou ceder o seu piloto titular para este evento de carros de turismo na França após entrar em acordo com a Toyota, montadora japonesa cujo time nesta categoria que contará com a estrela em outras provas do campeonato deste ano e em 2019.
Para completar, uma nota oficial publicada pelo site oficial do WEC disse que Alonso participará de quase toda a temporada 2018/2019 da categoria “sem conflitar com suas obrigações com a Fórmula 1”. Por causa disso, por sinal, o espanhol não poderá correr uma prova em Fuji, no Japão, no dia 21 de outubro, pois no mesmo dia ocorrerá o GP dos Estados Unidos de F-1, em Austin
No ano passado, Alonso chegou a ficar fora do GP de Mônaco de F-1 para poder estar presente, no mesmo domingo, da também tradicionalíssima 500 Milhas de Indianápolis, a principal corrida da Fórmula Indy. E correr em Le Mans engloba um sonho do espanhol de poder ganhar a chamada “Tríplice Coroa” do automobilismo mundial.
“Nunca escondi minha meta de vencer a Tríplice Coroa do esporte a motor – o GP de Mônaco, a Indy 500 e as 24 Horas de Le Mans. Nós tentamos na Indy no ano passado, chegamos perto, mas não conseguimos”, ressaltou. “Este ano, tenho a chance graças à McLaren, de correr pela vitória em Le Mans. É um grande desafio – muita coisa pode dar errado -, mas estou pronto, preparado e ansioso pela batalha”, completou.
No último domingo, Alonso participou das 24 Horas de Daytona pela equipe United Autosport e chegou a liderar no momentos iniciais da corrida, mas, com um problema mecânico, ele e a equipe que também contou com Lando Norris e Phill Hanson como pilotos se afastarem das primeiras posições e completaram a prova apenas no 38º lugar.
Entretanto, o espanhol chegou a admitir que se divertiu mais do que na própria Fórmula 1 nesta prova que foi vencida pela equipe Cadillac, que conta com a presença do brasileiro Christian Fittipaldi. Alonso, porém, fez questão de ressaltar que seguirá priorizando a categoria máxima do automobilismo, na qual almeja objetivos muito mais expressivos depois de a McLaren ter encerrado a sua fracassada parceria com a Honda nos últimos anos e passado a contar com motores fornecidos pela Renault.
“De nenhuma maneira este desafio (em Le Mans) vai me afastar do meu principal objetivo na Fórmula 1 com a McLaren”, disse Alonso, que no Campeonato Mundial de Endurance vai fazer parte de uma equipe que terá os ex-pilotos de F-1 Sebastien Buemi e Kazuki Nakajima. “Em 2018, minha meta é ser competitivo em todos os GPs (da Fórmula 1) e tenho certeza de que estamos próximos de conseguir isso”, completou.
O Mundial de F-1 deste ano começa no dia 25 de março, em Melbourne, na Austrália. Já a estreia de Alonso pela Toyota no Mundial de Endurance está prevista para ocorrer no dia 5 de maio, na Bélgica, nas 6 Horas de Spa-Francorchamps.
A “Tríplice Coroa” almejada por Alonso no automobilismo, porém, foi conquistada por apenas um piloto na história. Trata-se de Graham Hill, que ganhou por cinco vezes o GP de Mônaco de F-1, faturou as 500 Milhas de Indianápolis em 1966 e triunfou depois em Le Mans em 1972.