Tribuna Ribeirão
Cultura

Alma fará tributo a Astor Piazzolla

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Em março deste ano, As­tor Piazzolla (1921-1992) completaria 102 anos. Como compositor e bandoneonis­ta, o argentino revolucionou o tango tradicional, graças às suas estilizações musicais. Para reviver a obra deste músico ge­nial, a Academia Livre de Mú­sica e Artes de Ribeirão Preto apresenta o espetáculo “Alma de Piazzolla”, nesta quarta-fei­ra, 14 de junho, às 20 horas, no Theatro Pedro II.

O multi-instrumentista Die­go Figueiredo é um dos desta­ques deste novo espetáculo da Alma. Ele já se apresentou em mais de 60 países, é considerado um dos maiores violonistas do mundo atualmente e foi indicado ao Grammy Awards em 2020. A entrada é gratuita e os ingressos estão disponíveis desde 6 de ju­nho, na bilheteria do teatro.

Neste espetáculo, a acade­mia apresenta as modalidades de orquestra e balé e contará com a participação de convi­dados internacionais, entre eles, o bandoneonista Nor­berto Volgel e o arranjador Gabriel Del Pedro, ambos da Argentina. As cantoras Luana Liaw e Thaise Giunco também compõem o elenco de mais de 50 artistas, entre alunos, pro­fessores e bailarinos.

Astor Piazzolla, composi­tor, arranjador e virtuose do bandoneón – instrumento musical de palhetas livres, se­melhante a uma concertina – nasceu em Mar del Plata em 11 de março de 1921 e faleceu em 4 de julho de 1992, em Buenos Aires. Morou em várias cida­des do mundo, como Nova York, Paris e Buenos Aires. Revolucionou o tango criando um novo estilo, chamado de Nuevo Tango, por incorporar elementos do jazz e da música clássica, e também pelo uso de extensas harmonias, dissonân­cias e de contraponto.

Para o professor de prática de orquestra da Alma, Lincoln Mendes, o compositor Astor Piazzolla é um dos grandes no­mes argentinos, reconhecido mundialmente. “Neste espetá­culo, apresentaremos músicas instrumentais e canções de suas principais obras, como Adiós Nonino”, adianta o professor. A música é um réquiem escrito em 1959 em memória à morte de seu pai, a quem chamava cari­nhosamente de Nonino (vô em italiano). “É uma oportunidade única, que poucos espaços e aca­demias propiciam”, completa.

A presidente da Alma, Dul­ce Neves, diz que o espetáculo é uma reverência à obra e à vida de Piazzolla, que na opinião dela, é um dos gênios da música univer­sal. “Para nossos alunos, aprender a interpretar Piazzolla é um passo importante que garante uma for­mação mais aprimorada e, para comunidade, é a oportunida­de de conhecer uma produção musical atemporal, que ecoa em muitas de nossas casas, filmes, eventos e espaços culturais até hoje e, certamente, continuará no imaginário coletivo, por conta da sua extrema beleza, sofisticação e inovação”, conclui.

Astor Piazzolla deixou como legado uma extensa obra con­densada em cerca de 50 LPs. Entre seus discos fundamentais, destacam-se “Astor Piazzolla y su Orquesta Típica” (1946-1948), “Octeto Buenos Aires” (1955), “El Tango” (1965, com poemas de Jorge Luis Borges), “María de Buenos Aires” (1968), “Libertan­go” (1974), “The Central Park Concert” (1987), entre outras. Ele é também uma sonoridade pre­sente no cinema, pois compôs 44 trilhas sonoras entre 1949 e 1987, tanto para filmes da Europa como da América Latina.

Em 2023, as atividades da Alma (núcleo Ribeirão Preto) estão sendo mantidas pelo Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), do gover­no federal, via Ministério da Cultura, e por patrocínios de empresas como Usina Alta Mogiana S/A (Ópera).

A lista ainda traz Santa Helena Indústria de Alimen­tos S/A e GSInima Ambient (Sinfonia); Interunion, Tereos e Usina Vertente (Suíte); São Domingos Indústria Gráfica, Luiz Tonin Atacadista e Su­permercados, Grupo Com­bustran, Escandinavia, Elmaz Caminhões e Ônibus, Cotave Caminhões e Ônibus, Goias­maq, TMA, Tracan, Tarraf e Supermercado Canesin (Ária).

O Theatro Pedro II informa que não é permitido crianças menores de 12 anos na fila A dos setores balcão nobre e bal­cão simples, por determinação do Ministério Público de São Paulo (MPSP), devido a altura do guarda corpo. Ingressos para cadeirantes são destinados ao setor frisa do teatro.

Não será permitida a en­trada após o início do espe­táculo, não havendo troca de ingresso e nem devolução do dinheiro. Para melhor con­servação do Theatro Pedro II é proibido o consumo de bebidas e alimentos dentro das salas de apresentação. O uso de máscara é opcional. O espetáculo tem censura livre.

O Theatro Pedro II fica na rua Álvares Cabral nº 370, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto. O local tem capacidade para 1.588 pessoas, mas parte foi interditada por segurança. Atualmente conta com 1,3 mil lugares. Porém, por causa da covid-19, vai disponibili­zar 1.000 poltronas. O tele­fone para mais informações: (16) 3977-8111.

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