Tribuna Ribeirão
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Alesp vai gastar R$ 10,1 mi com bônus

DIVULGAÇÃO/ALESP

Os servidores da Assem­bleia Legislativa de São Paulo (Alesp) vão receber no mês de dezembro R$ 3,1 mil a mais do que costuma cair na con­ta. O bônus natalino foi dado por meio de um ato da Mesa Diretora, publicado no fim de novembro, que aumentou excepcionalmente este mês o auxílio-alimentação do fun­cionalismo da Casa de Leis – cujo valor normal é de R$ 634,14. A medida vai bene­ficiar os 3.266 funcionários, custando R$ 10,12 milhões.

O ato nº 44, de 28 de no­vembro, determinou que “ex­cepcional e exclusivamente para o mês de dezembro de 2019, o valor estabelecido no Ato de Mesa nº 21, de 26 ju­nho de 2019 (instrumento que determina o valor do auxílio­-alimentação), será acrescido de R$ 3.100,00”. Embora a medida da Alesp condicione o pagamento à “disponibilidade de recursos orçamentários”, a Casa costuma contar com so­bras orçamentárias.

Antes de ser reeleito pre­sidente da Alesp, o deputado Cauê Macris (PSDB) devol­veu ao Poder Executivo, em março, R$ 106,4 milhões, referentes ao valor não exe­cutado do exercício de 2018. A medida beneficia inclusi­ve servidores que recebem acima do teto. Além disso, o auxílio-alimentação tem – aos olhos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) – natureza indeniza­tória, ou seja, de reembolso. Por isso, não incidem sobre ele imposto de renda e con­tribuição previdenciária.

Procurada, a administra­ção da Casa informou que o abono dos servidores é pago todos os anos dessa manei­ra. A exceção é em ano de eleição de deputados, já que a legislação eleitoral proíbe agentes públicos de “readap­tar vantagens” dos servidores durante um período que vai de três meses antes do pleito até a posse dos eleitos.

De acordo com o servidor Filemon Reis da Silva, vice­-presidente e secretário-ge­ral do Sindalesp, esse bônus é pago desde 2005, embora os valores habitualmente te­nham sido menores. Na épo­ca, o benefício foi negociado com o então presidente da Alesp, Rodrigo Garcia, hoje vice-governador de São Pau­lo. “O abono é pago só com uma parte da sobra do orça­mento de pessoal da Casa”, explicou.

O incremento do valor em 2018 seria, segundo ele, uma maneira de compensar a cate­goria pela falta de reajuste real no ano passado. O aumento acordado naquele ano só foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 10 de abril, quando aumentos que ultra­passam a inflação passam a ser proibidos pelo calendário eleitoral. Silva afirmou que a negociação salarial deste ano não cobriu a perda de 2018. O pagamento deve ser efetuado nesta sexta-feira, dia 13.

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