As autoridades acreditam que o suspeito de matar nove pessoas em dois bares na Alemanha tenha ligações com a extrema-direita. O massacre ocorreu em locais de Hanau, uma cidade a cerca de 25 quilômetros a leste de Frankfurt, na noite de quarta-feira, 19 de fevereiro.
De acordo com a Associated Press (AP), fonte ligada às investigações considerou que o ataque em cafés frequentados por cidadãos do Oriente Médio pode ter sido feito por um extremista de direita com “motivações xenófobas”. As autoridades acreditam que o possível autor dos disparos, um homem de 43 anos, voltou para casa após o tiroteio e disparou contra si próprio.
Foi encontrado morto no apartamento na madrugada desta quinta-feira (20), junto ao corpo da mãe, de 72 anos, que teria sido vítima do filho. Segundo o ministro do Interior da região, Peter Beuth, ambos apresentavam ferimentos de bala. Entretanto, a agência de notícias alemã DPA informou que as autoridades já estão analisando o vídeo que o suspeito divulgou na internet antes do ataque.
A gravação diz respeito a uma “teoria de conspiração sobre maus-tratos a crianças nos Estados Unidos” e sua veracidade está sendo apurada. O porta-voz da Procuradoria Federal em Hanau, Marcus Jung, confirmou que onze pessoas morreram, incluindo o autor dos disparos. “Acreditamos que não há mais do que uma pessoa”, disse Jung à Associated Press.
Um porta-voz da chanceler alemã Angela Merkel disse, no Twitter, que os seus pensamentos estão com a população de Hanau, onde foi cometido. “Dirigimos os pêsames às famílias afetadas”, acrescentou. Numa fase inicial, as autoridades anunciaram que oito pessoas tinham sido mortas e que cinco ficaram feridas durante disparos com arma de fogo. Informaram ainda que um veículo de cor escura foi visto deixando o local após os primeiros disparos. Mais tarde, ocorreu um novo ataque em outro café, a cerca de um quilômetro do local do primeiro.