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Alckmin libera R$ 12 mi para a Fiocruz

O governador Geraldo Alck­min assinou nesta terça-feira, 16 de janeiro, a ordem para libera­ção de R$ 12 milhões do Fundo Estadual Científico e Tecnológico (Funcet), administrado pela De­senvolve SP, à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os recursos serão destinados à implantação da pri­meira fase do projeto de pesquisa e desenvolvimento de uma pla­taforma, no Supera Parque, em Ribeirão Preto, para produção de dispositivos do tipo point of care voltados ao diagnóstico rápido de zika, dengue e chikungunya.

De acordo com a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, o dispositivo permitirá diagnósti­co molecular rápido, preciso e di­ferencial entre as doenças, incluin­do a diferenciação entre os quatro sorotipos do vírus da dengue, em cerca de 20 minutos. “As ações a serem realizadas em colabora­ção com o governo do Estado têm grande valor estratégico para o Estado e para o país. No caso dessa colaboração, ressalta­-se a possibilidade de aproveitar solidariamente as capacidades da Fiocruz e da Universidade de São Paulo (USP) com vistas ao for­talecimento do sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação em saúde, ao acesso à saúde e à re­dução das desigualdades sociais e territoriais”, esclarece.

A expectativa é que a produ­ção comece ainda neste ano – se­gundo o cronograma, a produção está prevista em até três trimestres após a liberação do recurso para a instalação dos equipamentos de embalagem e controle de qualida­de de diagnóstico. O prefeito Du­arte Nogueira Júnior (PSDB) par­ticipou da solenidade no Palácio dos Bandeirantes. Participaram também do ato de assinatura o se­cretário municipal da Saúde, San­dro Scarpelini, integrantes do gru­po de trabalho que foi criado para viabilizar a implantação Fiocruz, com representantes da prefeitura de Ribeirão Preto, da Fiocruz, da Desenvolve SP, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação e da Invest-SP.

Duarte Nogueira ressaltou a importância da instalação da unidade da Fiocruz em Ribeirão Preto, que vai fabricar equipamen­tos para diagnósticos rápidos de dengue, chikungunya e zika vírus. “Os possíveis doentes se­rão diagnosticados com rapidez, definição correta do diagnóstico, e muito menos transtornos e so­frimentos para as pessoas. Por­tanto, o Governo do Estado e a Fiocruz, instalados em Ribeirão Preto, ajudando a desenvolver a saúde e a qualidade de vida dos brasileiros”, disse o prefeito.

“Hoje é um grande dia. Esta­mos fazendo uma parceria para a Fiocruz vir para São Paulo e ter aqui uma planta, lá em Ribeirão Preto. Ela vai produzir equipa­mentos, chips para o diagnóstico rápido dos quatros tipos de vírus da dengue, chikungunya e zika vírus. Enfim, uma grande parceria que vai crescer muito pelo benefí­cio da ciência, de São Paulo e do Brasil”, disse o governador.

Desde que foi criado, em maio do ano passado, o grupo estudou diversas formas para viabilizar os R$ 18 milhões necessários para a implantação da primeira fase da plataforma da Fiocruz. Deste valor, a própria Fiocruz conse­guiu, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cerca de R$ 6 mi­lhões. A plataforma de medicina translacional, junto à Faculdade de Medicina da USP, terá um prédio de 800 metros quadrados cedidos pela instituição, local em que já está ocorrendo a reforma também custeada pela faculdade.

O valor restante, cerca de R$ 12 milhões virá do Funcet. A instalação da Fiocruz no interior paulista será importante para os avanços na área da saúde. A plan­ta será instalada em um ambiente estratégico e propício para o de­senvolvimento de pesquisas apli­cadas. O Supera Parque faz parte do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec) e tem como principal vocação a área da saúde. Reúne em um mesmo local ins­tituições de ensino renomadas, como a USP, empresas incuba­das e técnicos especializados nos segmentos de equipamentos mé­dico-hospitalares, biotecnologia, fármacos, cosméticos, bioenergia e tecnologia da informação e co­municação (TIC).

Sobre a Fiocruz – A Fiocruz é vinculada ao Ministério da Saúde e uma das mais destacadas ins­tituições de ciência e tecnologia em saúde da América Latina. É responsável pela execução de mais de mil projetos de pesquisa e de­senvolvimento tecnológico, que produzem conhecimentos para o controle de doenças como aids, malária, mal de Chagas, tubercu­lose, hanseníase, sarampo, rubé­ola, esquistossomose, meningites e hepatites, além de outros temas ligados à saúde coletiva.

A Fiocruz é a principal ins­tituição não universitária de for­mação e qualificação de recursos humanos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a área de ciên­cia e tecnologia no Brasil. Possui 32 programas de pós-graduação stricto sensu em diversas áreas, uma escola de nível técnico e vá­rios programas lato sensu.

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