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Alckmin diz acreditar no julgamento popular

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira, 25, que “acredita no julgamento po­pular” e que “tem certeza” de que irá crescer nas pesquisas de intenção de voto. O discurso foi feito após pesquisa Ibope, divulgada ontem pela TV Bandeirantes, mostrar que o tucano está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e empatado tecnicamente com o deputado fede­ral Jair Bolsonaro (PSL-RJ), entre os eleitores de São Paulo, onde foi go­vernador por quatro vezes.

Mesmo num cenário sem Lula, no qual o presidente Michel Temer aparece como candidato do MDB, Bolsonaro e Alckmin dividem a lide­rança entre os paulistas, com 16% e 15% das intenções de voto, res­pectivamente. Alckmin minimizou o resultado. “Pesquisa é retrato do momento. Na realidade, a campanha não começou. A pesquisa é correta do ponto de vista estatístico, mas não tem valor político. Evidente que a pesquisa vai se alterar, para isso existe a campanha. Eu acredito no julgamento popular e não tenho dúvidas de que vamos crescer (nas pesquisas). Vamos ter os melhores palanques do Brasil, do PSDB ou de aliados”, afirmou.

Alckmin anunciou também que o ex-presidente do Banco Central Pérsio Arida, seu coordenador de campanha para a área econômica, está desenvolvendo uma proposta para “dobrar a renda dos brasilei­ros”, que deve nortear seu progra­ma de governo.

“Vamos apresentar um plano em dez dias para dobrar a renda dos brasileiros. Quem ganha R$ 2 mil vai ganhar R$ 4 mil. Quem ganha R$ 4 mil vai ganhar R$ 8 mil. O objetivo é melhorar a vida das pessoas, dobrar a renda do brasileiro. Para isso, te­remos que fazer abertura comercial, metas ano a ano, zerar o déficit fis­cal primário para ter política fiscal adequada”, defendeu. “Vamos es­tabelecer todas as metas em uma agenda de competitividade.”

R$ 10,5 milhões – Inquérito contra Alckmin chega ao TRE
O inquérito do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que investiga Ge­raldo Alckmin (PSDB), ex-governador de São Paulo e pré-candidato à presidência, chegou ao TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) nesta quarta-feira (25). De acordo com o Tribunal, os autos do processo já foram encaminhados à Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo. A autorização para que a investigação fosse enviada para a Justiça Eleitoral ocorreu após o tucano deixar o cargo de governador e, consequentemente, perder o foro privilegiado.

A investigação estava a cargo do STJ em razão da prerrogativa de foro do então governador de São Paulo, que renunciou ao car­go no último dia 6 de abril para disputar a Presidência. A ministra Nancy Andrighi, do STJ, determinou o envio para o TRE no dia 11 deste mês.

O inquérito investiga se o tucano recebeu R$ 10,7 milhões da cons­trutora Odebrecht, como contou a empresa em seu acordo de delação firmado no ano passado. Segundo a denúncia, parte do dinheiro su­postamente recebido teria sido entregue ao cunhado de Alckmin, o empresário Ademar César Ribeiro. Os valores teriam sido entregues em 2010 e 2014 para campanhas eleitorais, de acordo com os delato­res da Odebrecht.

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