Tribuna Ribeirão
Economia

Agência propõe taxa extra menor

MARCELO CAMARGO/AG.BR.

A diretoria da Agência Na­cional de Energia Elétrica (Ane­el) aprovou nesta terça-feira, 10 de março, abertura de consulta pública da proposta de redução no valor das bandeiras tarifá­rias para 2020. Pela proposta, a maior redução seria na bandeira vermelha patamar 1, de 22%. O texto ficará aberto a contribui­ções de 12 de março a 27 de abril.

A proposta em consulta pú­blica aprovada altera os valores a partir de 1º de junho. A bandeira amarela passa de R$ 1,343 para R$ 1,306 a cada 100 quilowatts­-hora (kWh) consumidos, redu­ção de 3%. A vermelha patamar 1, baixa de R$ 4,169 para R$ 3,240 a cada 100 kWh, queda de 22%. E a vermelha patamar dois, de R$ 6,243 para R$ 5,264 a cada 100 kWh, abatimento de 16%.

No sistema de bandeiras tarifárias, em vigor desde 2015, a cor verde não tem cobrança de taxa extra, indicando con­dições favoráveis de geração de energia no País. Os valores, pa­gos por todos os consumidores via taxa adicional na conta de luz, são atualizados anualmen­te pelo órgão regulador, criado em 2015, as bandeiras são acio­nadas de acordo com as con­dições para geração de energia elétrica. Os reajustes levam em conta a estimativa de mercado, custos do setor elétrico e valo­res da comercialização da ener­gia, por exemplo.

Segundo a agência, a re­dução deve-se a incorporação dos valores da repactuação do risco hidrológico como receita fixa da Conta Bandeiras. Con­forme o diretor Rodrigo Limp, relator do processo, o repasse permitirá, no curto prazo, o alívio dos custos vinculados ao risco hidrológico – quando as usinas hidrelétricas produzem menos que o contratado.

As bandeiras tarifárias indi­cam o custo da energia gerada para possibilitar o uso cons­ciente de energia. Antes do sistema, o custo da energia era repassado às tarifas no reajuste anual de cada empresa, e tinha a incidência da taxa básica de ju­ros. A população da Região Ad­ministrativa de Ribeirão Preto (RARP), que envolve a cida­de-sede e mais 24 municípios, pagou, de janeiro a setembro do ano passado, R$ 16,77 milhões a mais na conta de energia elé­trica por conta das bandeiras tarifárias diferenciadas.

O levantamento é da União da Indústria de Cana-de-Açú­car (Unica) a partir de dados da Aneel. Em 2018, o valor chegou a R$ 57,68 milhões. Somente na metrópole Ribeirão Preto, onde a CPFL Paulista tem 309.817 consumidores, a bandeira ama­rela e a vermelha geraram uma arrecadação de R$ 8,32 milhões no mesmo período de nove me­ses. No período anterior, os ri­beirão-pretanos desembolsaram R$ 28,60 milhões.

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