Em diferentes ocasiões pude constatar a seriedade dos serviços oferecidos pela Kantar Ibope na aferição da audiência. Entre as mais recentes, a primeira em Londres, na sua sede principal, e a outra, em São Paulo, na preparação do livro Biografia da Televisão Brasileira. Negócio é sério.
No entanto, os números de audiência da TV aberta, apresentados nos últimos tempos, têm chamado atenção de executivos das grandes redes. E de todos.
Quando se olha, por exemplo, para as médias das transmissões de futebol na Globo, comparadas aos últimos meses, a pergunta que fica é: pra onde foi esse público se, neste caso, a detentora dos direitos é a mesma e não tem como ver aos jogos em outro lugar?
A mesma coisa se observa na Record, SBT e Band, em programas como “Power Couple”, “Ilha”, “Hora do Faro”, “Show do Milhão”, “Eliana”, os realities culinários nas noites de sábado e, ainda, Datena e “Masterchef”.
Produtos que, mesmo suando a camisa, não atingem números que merecem ou que registravam há pouco tempo. A impressão que se tem é que o público evaporou.
Talvez o problema esteja na amostra muito pequena, proporcionalmente à população das praças onde é feita a leitura. A mesma que persiste há anos.