No início da tarde desta segunda-feira, 3 de maio, quem precisou embarcar em algum dos voos oferecidos no Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes, em Ribeirão Preto, foi surpreendido com a presença de onze militares do Comando Conjunto Sudeste (CCSE) do Exército Brasileiro.
O grupo esteve no aeroporto para fazer a desinfecção do local contra o novo coronavírus. Sob o comando do tenente-coronel Daniel Coutinho e Souza, dez militares do 13º Regimento de Cavalaria Mecanizado (13º RC Mec), unidade localizada em Pirassununga (SP), efetuaram o serviço.
Eles utilizaram uma solução de hipoclorito de sódio para descontaminar áreas de grande circulação de pessoas, além de álcool 70% para higienizar superfícies, como corrimãos, cadeiras e balcões. A ação foi solicitada pela administração do aeroporto para controlar a disseminação da covid-19 no local.
Operação Covid-19
A desinfecção integra a Operação Covid-19, do Ministério da Defesa, instituída pela Diretriz Ministerial nº 6, de 18 de março de 2020. A norma regulou o emprego das Forças Armadas em todo o território nacional para apoio às medidas voltadas para a mitigação das consequências da pandemia de coronavírus.
A partir da diretriz, dez Comandos Conjuntos foram ativados em apoio às demandas das esferas públicas federal, estadual e municipal. No Estado de São Paulo, o CCSE é formado pelo Comando do 8º Distrito Naval (Marinha do Brasil), pelo Comando Militar do Sudeste (Exército Brasileiro) e pelo Comando-Geral de Apoio (Força Aérea Brasileira).
Itapemirim
A Itapemirim Transportes Aéreos, nova companhia aérea do Grupo Itapemirim, recebeu concessão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar voos comerciais de passageiros em todo o território nacional.
A empresa já conseguiu slots – horários de pouso e decolagem – nos aeroportos para, a partir de junho, realizar voos entre Ribeirão Preto e Recife (PE), Ribeirão Preto e Guarulhos (SP), Porto Seguro (BA) e Guarulhos (SP) e Salvador (BA) e Guarulhos (SP). O processo de certificação da Itapemirim Transportes Aéreos durou menos de um ano. A última etapa ocorreu entre os dias 12 e 15 de abril.
Licitação
O leilão do Leite Lopes está previsto para 15 de julho, na Bolsa de Valores, e a concessão será por 30 anos. O aeroporto é administrado pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), mas o processo de concessão está sob responsabilidade da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
O Leite Lopes é a oferta principal do Grupo Sudeste, que tem ainda os aeródromos de Bauru-Arealva, Marília, Araraquara, São Carlos, Sorocaba, Franca, Guaratinguetá, Avaré-Arandu, Registro e São Manuel. A concessão do aeroporto de Ribeirão Preto para a iniciativa privada deverá resultar em investimentos de no mínimo R$ 130.282,812,00. O valor faz parte do edital de concessão lançado em 15 de abril.
O edital para concessão dos onze aeroportos do Grupo Sudeste prevê investimentos de R$ 266.579.190,00. Deste total, 48,9% serão feitos no Leite Lopes. O terminal de passageiros, por exemplo, deverá receber, em um prazo de 20 anos, um total de R$ 88.130.434,00. Os investimentos foram divididos em biênios. Outros setores também receberão investimentos.
Entre as obras previstas está o recapeamento, iluminação e repintura da pista de pouso no valor de R$ 20.276,645,00, estacionamento de veículos (R$ 8.810.986,00) e medidas contra o ruído aeronáutico (R$ 3.217.625,00). Entre os onze aeroportos que estão inseridos no bloco Sudeste, o de Ribeirão Preto será contemplado com R$ 34,38 milhões nos primeiros quatro anos e R$ 84,89 milhões entre o quinto e 30º ano.