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Economia

Aeroporto Leite Lopes – Transporte de cargas deve começar em junho

ALFREDO RISK/ARQUIVO TRIBUNA

O diretor-presidente da Ter­minais Aduaneiros do Brasil (Tead), Carlos Ernesto de Cam­pos, afirmou ao Tribuna nesta segunda-feira, 17 de dezembro, que o transporte internacional de cargas no Aeroporto Esta­dual Doutor Leite Lopes, em Ribeirão Preto, deverá começar em junho de 2019. Segundo ele, com o fim das obras de remo­delação da pista será possível o pouso de aviões cargueiros mo­delos 767-300k e Airbus 330, com capacidade para cerca de 50 toneladas cada.

De acordo com Campos, após o final das obras será pre­ciso que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) certifique o Aeroporto Leite Lopes para o pouso destas aeronaves. A partir desta autorização serão resolvi­das, segundo ele, outras pendên­cias como a instalação de postos da Receita Federal e da Polícia Federal no local. “Estamos tra­balhando com esta meta”, afirma.

Ele destaca que, a partir dos pousos destas aeronaves, Ribei­rão Preto ganhará muito eco­nomicamente, já que cada uma tem capacidade para transpor­tar 50 toneladas – 50 mil quilos – por viagem e que cada quilo transportado representa, em média, o valor de US$ 100, cerca de US$ 5 milhões por voo.

“Ribeirão Preto aumentaria em muito sua arrecadação, seja com Imposto de Circulação sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto Sobre Ser­viços (ISS), ou com o valor agre­gado que esta nova atividade traria para toda a região”, garan­te. Os voos internacionais terão como origem e destino Miami, na Flórida, nos Estados Unidos.

As obras
As intervenções tiveram iní­cio no final de setembro e, de acordo com o Departamento Aeroviário de São Paulo (Daesp) – autarquia vinculada à Secreta­ria de Logística e Transportes e administradora do Leite Lopes –, a sinalização do aeródromo passou por readequações para possibilitar as obras. As obras prevêem a implantação de área de giro nas duas cabeceiras da pista, a instalação de acostamen­to nas pistas de taxiamento de aeronaves e reforço na pista que dá acesso ao pátio.

O Daesp também informou que as obras estão adiantadas e a expectativa é de que as realiza­das na área de giro e acostamen­to terminem até janeiro de 2019. Para não interferir no funciona­mento do aeroporto, as inter­venções estão sendo realizadas entre a 00h30 hora e 4h45 quan­do não há pouso ou decolagens de aeronaves.

A empresa responsável pela intervenção é a Talude Cons­truções, de Barueri, vencedora do certame em 13 de agosto ao apresentar o valor de R$ 3,945 milhões, desconto de R$ 255 mil e 6% abaixo do estimado em edital, de R$ 4,2 milhões. O ob­jetivo da intervenção é propor­cionar mais segurança e flexibi­lidade às operações, facilitando as manobras dos aviões. Já as principais intervenções, custe­adas pela União, estão previstas para começar no ano que vem.

A expectativa é de que o ae­roporto fique completamente pronto em 2021. O Estado vai investir, no total, R$ 8,8 milhões referentes à contrapartida aos R$ 79,2 milhões que serão repassa­dos pelo governo federal, via Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República, projeto que totaliza R$ 88 milhões em investimen­tos, sobretudo no terminal de passageiros.

No acordo de internacio­nalização do Leite Lopes a pre­feitura terá que fazer melhorias no sistema viário do entorno do aeroporto. Na semana passada a prefeitura afirmou ao Tribuna que o viaduto no cruzamento das avenidas Brasil e Thomaz Alberto Whateli será licitado em janeiro de 2019. Com a decisão, as obras deverão começar em abril do próximo ano, caso não haja contestações administrativas ou judiciais dos participantes do processo licitatório ao ser aberto.

Em média, por causa dos trâmites administrativos e legais, uma licitação deste porte demo­ra 90 dias para ser concluída. A construção do viaduto faz parte do Programa de Aceleração do Cres¬cimento – PAC da Mo­bilidade Urbana (PAC II), um pacote de obras que terá investi­mento de R$ 310 milhões. Para viabilizar a parceria com o Go­verno Federal a administração municipal conseguiu emprésti­mo de R$ 33,4 milhões com o Banco do Brasil.

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