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AEROPORTO LEITE LOPES – Obras terão início em 2019

O processo de cumprimento do termo de compromisso para as obras de ampliação do Ae­roporto Estadual Doutor Leite Lopes, em Ribeirão Preto, estão “absolutamente dentro do pre­visto e não existe atraso algum”. A declaração é de Fábio Calloni, su­perintendente do Departamento Aeroviário do Estado de São Pau­lo (Daesp) – autarquia ligada à Secretaria Estadual de Logística e Transportes e administradora do aeródromo –, que esteve na re­dação do Tribuna na tarde desta quarta-feira, 7 de fevereiro, e con­firmou que as intervenções no aeroporto ribeirão-pretano terão início em 2019 e devem terminar em dezembro de 2021.

Acompanhado de Jamil Abukater, diretor de Projetos e Obras do Daesp, e do diretor do Aeroporto Leite Lopes, Álvaro Cardoso, Calloni disse que, no momento, a autarquia aguarda apenas o aval da Secretaria Na­cional da Aviação Civil (SAC) para lançar o edital de contrata­ção da empresa responsável pela elaboração do projeto executivo. As obras de ampliação e moder­nização, fruto de um convênio entre os governos estadual e fe­deral, vão viabilizar a operação de voos internacionais de carga.

Encaminhado para a Secre­taria Nacional da Aviação Civil – vinculada ap Ministério dos Transportes – em 12 de dezem­bro do ano passado, o termo de referência para a licitação tem de ser aprovado pela SAC, mas re­tornou para o Daesp para que a autarquia faça ajustes em oito tó­picos apontados pelo governo fe­deral. No último dia 19 de janei­ro, o departamento encaminhou à secretaria o documento já com os ajustes – são 70 páginas.

O documento foi recebido em Brasília no dia 25 de janeiro. O Daesp aguarda agora o aval da SAC para lançar a licitação de contratação do projeto executivo. O superintendente revelou os prazos estimados para os próxi­mos meses. Em março, será o o lançamento do edital de licitação para contratação da empresa que fará o projeto executivo, que será apresentado em cerca de seis me­ses (setembro).

Em novembro, será a vez do lançamento do edital para contratação da empresa que executará as obras, que vão co­meçar no início de 2019. O cro­nograma prevê a conclusão em dezembro de 2021. Calloni des­taca que o cumprimento desses prazos está diretamente ligado à liberação dos repasses previstos no convênio entre os governos estadual e federal.

O aeroporto é o quarto maior terminal do estado, atrás ape­nas de Guarulhos, Congonhas e Viracopos. As obras estão or­çadas em R$ 88 milhões – R$ 79,2 milhões do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Ci­vil e R$ 8,8 milhões do governo estadual. Incluem a ampliação e modernização do terminal de passageiros e da pista de pouso e do pátio de aeronaves, obras que permitirão voos internacionais de cargas, com pousos e decola­gens de aviões de porte superior aos que hoje operam no Leite Lo­pes. O primeiro repasse previsto no convênio é para março deste ano, no valor de R$ 5 milhões.

Já habilitado – Calloni des­taca que o Aeroporto Leite Lopes foi habilitado para o transporte aéreo de carga internacional em 2002 e que essa autorização está em vigência. Já o terminal de cargas construído pela Terminais Aduaneiros do Brasil (Tead Bra­sil) atende a todos os requisitos exigidos pela Receita Federal, Po­lícia Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa.

Assim, segundo o Daesp, o Leite Lopes estará apto a receber aviões cargueiros internacionais assim que a obra de ampliação e modernização estiver concluída – e quando a Tead Brasil conse­guir o alfandegamento, processo que ainda não foi concluído, se­gundo Calloni. “Com a amplia­ção inaugurada, a Tead terá de contatar a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) para soli­citar autorização para os voos de carga de seu interesse”, explica o superintendente – estão previstos voos semanais para Miami, na Flórida, nos Estados Unidos.

Passageiros – O investimento de R$ 88 milhões vai transformar o Leite Lopes em um aeropor­to capaz de receber cargueiros internacionais, mas estará apto apenas para o transporte de car­gas, e não de passageiros. “Um aeroporto internacional de pas­sageiros demanda outro nível de investimentos”, destaca Calloni, lembrando que aeroportos desse tipo possuem alas doméstica e internacional separadas, área de alfândega, de processamento de passaportes etc.

Ele destaca, porém, que o novo terminal de passageiros está sendo projetado para suportar o crescimento da demanda pelas próximas duas décadas. “Quem vai dizer se o aeroporto vai no fu­turo receber voos internacionais de passageiros será o mercado”, emenda o diretor do Leite Lopes, Álvaro Cardoso.

Prefeito – O prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) conver­sou com o secretário de Logís­tica e Transportes de São Paulo, Laurence Casagrande Lourenço, sobre o Aeroporto Leite Lopes, e foi informado que é tecnicamen­te impossível começar as obras agora, uma vez que a Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) ainda não liberou o termo de re­ferência para a contratação do projeto executivo. “Sem projeto executivo não há como licitar a obra. O Departamento Aeroviá­rio do Estado de São Paulo fez a sua parte”, destaca Nogueira.

Atualmente o Leite Lopes opera voos da aviação geral (exe­cutiva) e regulares de empresas aéreas como Latam, Passaredo e Azul, que operam aeronaves como o Airbus A320, E195, E 190, ATR 72. O pacote de obras contempla a ampliação e reforma do terminal de passageiros, que passará de quatro mil m² para 12 mil m², da seção contra incêndio, de 600 m² para 930m², recapea­-mento dos sistemas de pistas de pouso e decolagem, ampliação em 30 mil m² do pátio de aero­naves e implantação de “turna­round” (área de giro de aerona­ves) nas cabeceiras.

Segundo dados do Daesp, o movimento em 2017 no Leite Lopes foi o pior em sete anos, com 867.544 pessoas. Em com­paração com 2016, quando 922.756 passageiros embarcaram ou desembarcaram no aeroporto de Ribeirão Preto, a queda chega perto de 6%, com 55.212 pessoas a menos. Com exceção de 2010 – quando o movimento caiu por­que o aeroporto ficou fechado para obras –, o número também é inferior ao de anos anteriores desde 2011, quando 1.114.415 pessoas passaram pelo terminal, ainda assim um dos mais movi­mentados do interior paulista. A queda foi de 22,1%, com 246.871 passageiros a menos.

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