Tribuna Ribeirão
Economia

Aeroporto de RP passa por obras

ALFREDO RISK

As obras de remodelação da pista do Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes, em Ribei­rão Preto, começaram na última sexta-feira, 28 de setembro, e devem durar oito meses – 240 dias – a partir da emissão da or­dem de serviço, assinada no dia 18. A sinalização do aeródromo passou por readequações para possibilitar as intervenções. Os trabalhos serão realizados entre a 0h30 e as 4h45 para não inter­ferir nas operações e na escala de voos – neste horário não há mo­vimento da aviação comercial ou executiva.

As informações são do De­partamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) – autarquia vinculada à Secretaria de Logís­tica e Transportes e administra­dora do Leite Lopes. Segundo nota enviada ao Tribuna, as obras contemplam a implantação de área de giro nas cabeceiras 18 e 36 (turnround), instalação de acosta­mento nas pistas de taxiamento de aeronaves e reforço na pista de táxi para acesso ao pátio.

A empresa responsável pela intervenção é a Talude Cons­truções, de Barueri, vencedora do certame em 13 de agosto ao apresentar o valor de R$ 3,945 milhões, desconto de R$ 255 mil e 6% abaixo do estimado em edital, de R$ 4,2 milhões. O ob­jetivo da intervenção é propor­cionar mais segurança e flexibi­lidade às operações, facilitando as manobras dos aviões.

Os projetos das principais in­tervenções devem ser finalizados até novembro e as obras princi­pais, custeadas pela União, estão previstas para começar no ano que vem. A expectativa é de que o aeroporto fique pronto em 2021. O Estado vai investir, no total, R$ 8,8 milhões referentes à contra­partida na parceria com a Secre­taria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República, projeto que totaliza R$ 88 milhões em in­vestimentos, sobretudo no termi­nal de passageiros.

Em movimento de passagei­ros, o Leite Lopes é o quarto maior aeroporto de São Paulo, somente atrás dos de Guarulhos, Congo­nhas e Viracopos. O aeroporto de Ribeirão Preto foi habilitado para o transporte aéreo de carga inter­nacional em 2002 e essa autoriza­ção está em vigência. Já o terminal de cargas construído pela Termi­nais Aduaneiros do Brasil (Tead Brasil) atende a todos os requisitos exigidos pela Receita Federal, Polí­cia Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Assim, segundo o Daesp, o Leite Lopes estará apto a receber aviões cargueiros internacionais assim que a obra de ampliação e modernização estiver concluída, mas não haverá voos internacio­nais de passageiros. O pacote de obras contempla a ampliação e re­forma do terminal de passageiros, que passará de quatro mil m² para 12 mil m², da seção contra incên­dio, de 600 m² para 930 m², reca­peamento dos sistemas de pistas de pouso e decolagem, ampliação em 30 mil m² do pátio de aerona­ves e implantação de “turnarou­nd” (área de giro de aeronaves) nas cabeceiras.

Inaugurado em 1939, atual­mente o Leite Lopes opera voos da aviação geral (executiva) e regulares de empresas aéreas como Latam, Passaredo e Azul, que operam aeronaves como o Airbus A320, E195, E 190, ATR 72. Segundo dados do Daesp, o movimento no aeroporto lo­cal registrou alta em sete meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2017. Os dados mostram que passaram pelo terminal 513.253 passagei­ros até 31 de julho. No semestre do ano passado foram 485.164. O aumento é de 5,8%, com mais 28.089 passageiros – a média de embarque e desembarque é de 73.321 pessoas por mês e de 2.421 por dia, 100 por hora.

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