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Aedes aegypti: risco de epidemia é alto em Ribeirão

O novo Levantamento Rá­pido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) indica que 1.153 municípios brasileiros (22%) apresentaram um alto índice de infestação, com risco de surto para den­gue, zika e chikungunya. Ri­beirão Preto aparece nesta lista, ao lado de Jardinópolis. Outras cinco cidades da microrregião estão em estado de alerta.

Segundo o Ministério da Saúde, o índice de infestação predial (IIP), que mede a quan­tidade de criadouros do Aedes aegypti – mosquito transmissor das doenças e também da febre amarela na área urbana – em Ribeirão Preto é de 5,3%. Sig­nifica que a cada 100 imóveis, mais de cinco têm focos do ve­tor. A cidade fechou 2017 em alerta. Na época, o IIP do mu­nicípio estava em 1,3% – infe­rior ao de 2016, de 1,6%.

A maioria dos criadouros está nas residências (ralos, pra­tos de vasos para plantas, calhas, garrafas pet e outros recipien­tes) e no lixo. Na região Sudes­te predominaram os depósitos móveis, caracterizados por va­sos e frascos com água, pratos e garrafas retornáveis. Segundo o ministério, até 3,9% de infes­tação significa estado de alerta. Acima desse percentual passa a vigorar o estado de risco, mui­to mais grave e que indica uma provável epidemia. Até 1% o quadro é satisfatório.

Em Jardinópolis o cenário é ainda mais preocupante. Na cida­de de 42.304 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de agosto do ano passado, o índice de infestação chega a 8,3% – Ri­beirão Preto tem 682.302 mora­dores. Outros cinco municípios da microrregião estão em alerta contra o Aedes aegyti: Pradópo­lis (1,1%), Batatais (1,6%), Cravi­nhos (2,5%), Brodowski (3,6%) e Pontal (3,8%).

Segundo o último Boletim Epidemiológico, divulgado em 15 de maio pela Divisão de Vi­gilância Epidemiológica (DVE) da Secretaria Municipal de Saú­de (SMS), a dengue avançou e a população relaxou em relação à eliminação de criadouros do mosquito. O número de vítimas aumentou 200% no primeiro quadrimestre deste ano em com­paração com o mesmo período de 2017, saltando de 46 para 138, com 92 ocorrências mais.

Na comparação entre os meses de abril, a alta foi de 700%, de quatro para 32, mais 28 pacientes. Porém, quando a comparação é feita com o mesmo mês de 2016, ano em que houve epidemia na cida­de e 3.554 casos em 30 dias, a queda é de 11.006%, com 3.550 registros a menos. Nes­te ano foram 46 casos em ja­neiro, 32 em fevereiro, 26 em março e mais 32 em abril.

Das 138 pessoas picadas pelo Aedes aegypti, 39 moram na Zona Leste, 38 na Oeste, 29 na Norte, 20 na sul e 12 na Cen­tral. No ano passado inteiro, o vetor fez 246 vítimas, 99,3% a menos que as 35.043 do ano anterior, 34.797 a menos – a quantidade de 2017 é a menor em dez anos. A cidade também tem 696 notificações sob inves­tigação, 127 somente em abril.

Já para a chikungunya não houve nenhum caso confirma­do em abril deste ano. No mes­mo período do ano passado, também não houve casos con­firmados da doença na cidade. Ribeirão Preto confirmou ape­nas uma ocorrência em março. No entanto, fechou 2017 com aumento de 344,4% nas ocor­rências confirmadas da doença. Os dados mostram que o total saltou de nove para 40, com 31 pacientes a mais no ano passado.

Foram notificados e inves­tigados sete casos de zika vírus, mas nenhum confirmado. Em abril de 2017, foram investiga­dos onze casos da doença. Ca­sos de microcefalia ou outras alterações neurológicas possi­velmente relacionadas à infec­ção pelo zika vírus não foram relatados em abril de 2018. No mesmo período do ano passa­do, também não foi confirmado nenhum caso da doença.

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