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Advogado morre após disparo com própria arma em hospital: há ideologia nisso?

A morte do advogado Leandro Mathias em São Paulo, após disparo acidental da própria arma, du­rante exame de ressonância magnética, me provoca a seguinte reflexão.

Com o devido respeito ao colega falecido e aos familiares que o perderam, a quem transmito meus profundos sentimentos, essa trágica morte teste­munhará contra todo o trabalho de divulgação em que ele mesmo atuava.

Agora se falará do elevado número de registros que foram concedidos, da possibilidade de aumen­to de roubos com emprego de armas de fogo, de estatísticas mal explicadas sobre casos de aumento ou diminuição de homicídios e assim por diante.

Tolos de direita e outros tantos tolos de esquerda defenderão suas posições pré-prontas, com argu­mentos mal-cozidos e repetidamente requentados, como se o assunto coubesse apenas no campo da ideologia.

Os verdadeiros interessados no tema que ad­miram o utensílio e o utilizam com efetividade e sensatez em uma ou nas duas únicas funções a que servem, isto é, defesa pessoal ou prática desportiva, estes sofrerão as consequências.

Repita-se como parêntesis: armas de fogo ser­vem a uma de duas funções, a saber, defesa pessoal ou prática desportiva.

Elas NÃO servem para: definir sua posição política; serem exibidas em festas; serem usadas em discussão de trânsito; como instrumento de agressão contra o cônjuge feminino; e, em nenhu­ma situação, quando a pessoa não tem preparo para o uso.

Para a CRIMINALIDADE, nada disso importa. Nem as leis, nem as regras, menos ainda o valor da vida humana.

ENTENDAM: o criminoso atual tem uma “ética” diferente da nossa. Para ele, se a vítima “REAGE”, ele se vê NO DIREITO de matar. A reação? Esta não importa, pode ser um mínimo suspiro. Sua vida não tem valor para ele. E não é o estatuto do desarmamento que dita ou pode alterar essa regra “moral” dele.

Ao colega que morreu, com todo pesar que sua perda causou a familiares e amigos, ele infelizmen­te foi vítima, apesar de tudo, do próprio despre­paro, ao portar uma arma num lugar indevido e numa oportunidade absolutamente desnecessária.

Que sua morte não seja em vão e que traga mais sensatez aos que se colocam na posição de influen­ciadores digitais do tema. Estudem principalmente as regras de segurança: é a SUA vida e a daqueles a quem VOCÊ AMA que estão em jogo.

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