Na segunda-feira, 6 de julho, a Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto promoveu reunião de Conselho Administrativo e Fiscal, através da plataforma Zoom, realizando a primeira reunião pela internet neste período de quarentena com os conselheiros por causa da pandemia de coronavírus.
Na ocasião, a diretoria oficializou mudanças no quadro diretivo da instituição: a educomunicadora, escritora e pesquisadora na área de identidades culturais, Adriana Silva, assumiu a presidência interinamente, devido à solicitação de afastamento temporário da presidente, a jornalista Dulce Neves, por motivos pessoais.
Dulce Neves é filiada ao Podemos e um nome forte cotado para disputar uma vaga na Câmara de Vereadores. No entanto, não foi confirmado se este foi o motivo de seu pedido de afastamento. Adriana Silva já presidiu a Fundação do Livro e Leitura, cuja diretoria passa ter nova configuração.
Conta agora com Adriana Silva na presidência, ao lado de Edgard de Castro, na vice-presidência, e Viviane Mendonça, na superintendência. A nova presidente também é curadora da Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto (FIL). Uma nova eleição pode ainda acontecer até o final do ano para definir novos rumos de sua diretoria ou a manutenção da atual gestão.
Vai depender a anuência dos membros. Já como primeira ação da nova diretoria, Adriana Silva anunciou que a fundação está investindo esforços e trabalho na construção de uma ideia que se materializou com a decisão do novo formato da Feira do Livro, em edição internacional: uma nova plataforma digital.
O objetivo é transmitir eventos, conteúdos, cursos online, webséries, documentários e conteúdo de qualidade no universo da leitura e literatura. “Nossa intenção com esta plataforma que entrará, em breve, num período de construção e desenvolvimento com profissionais terceirizados, é nos conectar com o mundo e propagar nosso trabalho e produção de forma a difundirmos ainda mais nosso propósito de fomento à leitura, avançando as fronteiras de abrangência e atraindo público de qualquer localidade.”
Além do anúncio oficial, a reunião tratou de questões como prestações de contas – exercício do ano de 2019, esclarecimentos quanto às tratativas de remarcação da 20ª Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto, balanço de atividades já realizadas com destaque para resultados da “40tena cultural” e previsão de atividades até o final do ano, previsão orçamentária para o exercício de 2020, entre outros assuntos.
A Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos. Trata-se de uma evolução da antiga Fundação Feira do Livro, criada em 2004, especialmente para realizar a Feira Nacional do Livro da cidade.
Hoje, é considerada a segunda maior feira a céu aberto do país, realizada tradicionalmente no mês de junho. Em 2020, a Feira entraria na 20ª edição e tornaria-se internacional. Por isso, recebeu recentemente nova identidade, apresentando-se como FIL, mas foi remarcada para 2021, devido à pandemia de coronavírus.
A fundação se mantém com o apoio de mantenedores e patrocinadores, com recursos diretos e advindos das leis de incentivo, em especial do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac, governo federal) e do Programa de Ação Cultural (ProAC, estadual).
A diretoria é eleita para um mandato de dois anos, sob acompanhamento do Conselho Fiscal. Atualmente, a equipe da fundação conta com 15 profissionais, um conselho com 22 membros e prestadores de serviços na área de comunicação, produção cultural e assessoria jurídica.
Sobre Adriana Silva
Adriana Silva também é diretora geral do Instituto Ribeirão 2030. Foi consultora da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a serviço do extinto Ministério da Cultura (Minc). Foi secretária da Cultura de Ribeirão Preto, de 2009 a 2012. É documentarista e autora do livro “Mudar o mundo a partir das cidades: a busca pela sociedade 4.0” (2015) e outros doze títulos em parceria, nas áreas de identidades culturais e três romances.