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Adolfo Lutz de RP também fará testes

O governo de São Paulo vai ampliar a rede de testes para o novo coronavírus no Estado. A medida foi anunciada nesta quarta-feira, 1º de abril, pelo governador João Doria (PSDB), no Palácio dos Bandeirantes. A unidade regional do Instituto Adolfo Lutz, em Ribeirão Pre­to, passará a fazer 500 testes por dia, mas a capacidade di­ária pode chegar a mil.

“Vamos reforçar a rede de exames e garantir, desta forma, um monitoramento efetivo sobre a circulação do corona­vírus em nosso Estado. Assim, poderemos adotar as medi­das necessárias para proteger nossa população”, diz Doria. As unidades regionais sitiadas em Santo André, Sorocaba, Bauru e São José do Rio Preto também estarão habilitadas a processar amostras, com capa­cidade de 500 exames por dia em um primeiro momento, podendo chegar até mil.

De acordo com o secretário estadual da Saúde, José Henri­que Germann, até esta quarta­-feira, o Adolfo Lutz da capital tinha 16 mil exames na fila. Se­gundo ele, “o número de exa­mes hoje que estão represados são de 16 mil exames, desses 201 são óbitos que já ocorre­ram. O Adolfo Lutz tem uma capacidade de 1,2 mil exames por dia”, disse.

Nesta semana chegam, ain­da, 20 mil kits de testes impor­tados e dez mil enviados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fio­cruz), que serão distribuídos entre o Instituto Adolfo Lutz e outros laboratórios credencia­dos. A ampliação do proces­samento deve contribuir para melhorar o entendimento do alcance da pandemia no mu­nicípio e para reforçar as ações de isolamento e contenção.

A autorização da secretaria para que as regionais do Adol­fo Lutz façam os testes é mais um reforço no diagnóstico da covid-19, uma vez que os labo­ratórios do Hospital das Clíni­cas passaram a testar nesta se­mana os pacientes internados na instituição com sintomas da doença. Segundo o diretor do Departamento de Atenção à Saúde do HC, Antonio Pazin Filho, atualmente, o HC obtém os exames com recursos pró­prios, o que permite realizar de 50 a 60 testes diários.

A expectativa é ampliar para 100 e até 200 exames di­ários a partir da chegada de in­sumos da Secretaria Estadual de Saúde. O tempo para que os resultados dos exames fiquem prontos varia de dez a doze ho­ras, no máximo em 24 horas, dependendo da demanda. A prioridade serão os pacientes internados em estado grave e profissionais da saúde – 16 ser­vidores do HC estão em isola­mento domiciliar porque estão com covid-19.

Nesta quarta-feira, a prefei­tura anunciou que três empre­sas do Supera Parque Tecnoló­gico estão aptas a fazer testes rápidos do novo coronavírus a partir do material colhido de pacientes internados. A estru­tura física dos laboratórios que está sendo adaptada e transfor­mada para servirem de locais onde as análises são realizadas.

O Adolfo Lutz está sobre­carregado. Por isso, o teste para coronavírus, que levava 48 ho­ras para ficar pronto, agora de­mora cerca de dez dias. Antes da pandemia, o instituto rea­liza 400 testes por dia, mas a média diária saltou para 1.200 com a chegada da covid-19.

A Secretaria de Estado da Saúde diz que em duas sema­nas a quantidade deve subir para 1.800 exames por dia. O Instituto Butantan também vai realizar os testes, ajudando com mais mil exames por dia. Dentro de 15 dias, a expectati­va no estado é que sejam feitos 15 mil análises diárias.

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