A ADEVIRP – Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto e região – uma instituição da sociedade civil sem fins lucrativos foi fundada em 27 de março de 1998 estabelecendo desde o princípio, como missão, contribuir para o desenvolvimento humano global e a inclusão educacional e social das pessoas com deficiência visual através de ações, recursos e serviços. Essa missão – nascida do idealismo da professora Marlene Taveira Cintra (ela também uma deficiente visual) – contou com o apoio de alguns voluntários da comunidade e tornou-se, no transcorrer desses últimos 20 anos, plenamente vitoriosa. Tornou-se, mesmo, uma instituição de referência na área da deficiência visual com um trabalho de qualidade para seus usuários e colaboradores.
Sua sede original foi o apartamento da própria professora Marlene mas, diante do aumento da procura de deficientes visuais por recursos que os auxiliassem nas atividades do ensino regular e nas atividades da vida diária, houve necessidade de se ampliar esse espaço físico e, com o apoio de voluntários do Banco do Brasil, alugaram-se duas casas onde a instituição funcionou durante 7 anos. Em 2006 – outro momento significativo – ela recebeu, do governador Geraldo Alckmin a cessão, por tempo indeterminado, do prédio da Escola Raul Peixoto, na avenida Leais Paulista, desativado desde 2003.
Já em 2007, outra conquista relevante: a ADEVIRP tornou-se vencedora do Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos pelo seu trabalho de atender deficientes visuais e integrá-los à sociedade, tornando-se destaque na defesa dos direitos humanos no Estado de São Paulo. Na execução de seus projetos sociais e educacionais, a ADEVIRP conta com o apoio de Criança Esperança (numa parceria com a UNESCO, organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), do Banco do Brasil, do Itaú Social e do Pro- Vida.
Acompanhado de meu filho, o vereador ribeirão-pretano Mauricio Gasparini, tive oportunidade de participar, no último dia 20 de março, da missa comemorativa dos 20 anos dessa instituição, celebrada pelo arcebispo metropolitano, dom Moacir Silva, com a presença dos professores, funcionários e alunos daquela instituição. Fiquei, sinceramente, emocionado pelo clima de altíssimo astral daquele ambiente de fé no qual se celebrava o sucesso de uma obra de amor ao próximo e de solidariedade humana que abriga, também, o Centro de Educação e Reabilitação Louis Braille, envolvendo ações de complementação e suplementação educacional voltadas para a disseminação do conhecimento através das diversas formas de acessibilidade.
Atendendo, atualmente, 200 deficientes visuais, o prédio por ela ocupado dispõe de refeitório, biblioteca, estúdio de gravações (onde funciona a rádio WEB), quadra coberta com piso adaptado para a prática de esportes, salas de música e artes, terapia educacional, trilha sensorial e playground. Tudo isto, claro, voltado para o aprendizado e o lazer do deficiente visual dentro de uma concepção arquitetônica baseada nas necessidades específicas das pessoas cegas ou de baixa visão.
Enfim, a Adevirp chegou aos seus primeiros 20 anos com muito para comemorar, tornando-se motivo de orgulho para todos os que dela participam e da própria comunidade ribeirão-pretana e regional.