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Adalberto Baptista fala em prejuízo de até R$ 6 milhões ao Botafogo com paralisação

JF PIMENTA/JORNAL TRIBUNA

Homem de poucas apa­rições, mas de extrema im­portância para o Botafogo, Adalberto Baptista, presi­dente do Conselho de Admi­nistração da BFSA, empresa responsável pela gestão do futebol do clube e da Arena Eurobike, falou sobre o mo­mento vívido pelo Pantera e os prováveis reflexos da pa­ralisação do futebol ao redor do planeta.

Em entrevista à Rádio CBN, Baptista afirmou que o prejuízo do Tricolor durante a pandemia do coronavírus pode chegar a até R$ 6 mi­lhões. Segundo o dirigente, o clube fez um cálculo levando em conta dois períodos de retorno.

“Nós fizemos um cálcu­lo com dois cenários. Re­tornando no dia 1º de maio ou 1º de junho. Retornando em maio, a gente deve ter uma perda entre R$ 3 e R$ 4 milhões no faturamento de 2020. Retomando em ju­nho, aí a perda pode chegar até a R$ 6 milhões. A partir de junho, aí a coisa fica in­comensurável. Os shows que aconteceriam aqui estão sen­do adiados para o segundo semestre”, afirmou Baptista.

Em relação aos shows, somente a apresentação de Sammy Hagar and The Cir­cle não acontecerá mais. Os demais shows como The Of­fispring, McFly e Kiss vão ser realizados no segundo semestre.

Na semana passada, o Botafogo anunciou um acordo com os jogadores e funcionários do clube que prevê pagamento integral dos salários de março e abril, férias de 20 dias e redução de 25% nos vencimentos a partir do mês de maio, caso a paralisação do futebol ain­da esteja em vigor. Sobre o assunto, Baptista foi enfáti­co: “O Botafogo não atrasa nem pagamento de salário e nem direito de imagem des­de maio de 2018.”

“Fizemos uma delibera­ção única, decidiu-se que vamos pagar o mês de março 100%, abril 100% e a partir de então, caso continue a pa­ralisação, vamos descontar 25% de todos os funcionários e atletas. Decidimos também por suspender os direitos de imagem, aí cada clube é de um jeito”, disse.

“O Botafogo cumpre suas obrigações, então nenhum atleta recebe de imagem mais que 40% da remuneração to­tal, essa é uma norma. Mui­tos clubes não seguem, mas o Botafogo segue. A maior parte dos sindicatos, aqueles que não aceitaram a redução salarial, é que muitos clubes não acertaram nem 13º de 2019. Como vão reduzir algo que nem estão pagando? Pri­meiro paguem e depois nego­ciam. O Botafogo não atrasa nem pagamento de salário e nem direito de imagem des­de maio de 2018, então, para nós, a situação fica um pouco mais confortável”, concluiu o mandatário.

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