Após o fim da Série B do Campeonato Brasileiro, o presidente do Conselho Administrativo da Botafogo SA, Adalberto Baptista, se pronunciou sobre a temporada do Pantera. O dirigente lamentou o desempenho da equipe e admitiu erros, mas negou que tenha investido pouco para formar o elenco que, inicialmente, brigaria para subir na segunda divisão nacional.
Ao todo, foram 23 reforços oficializados para o time principal desde o fim de 2023, além de dois técnicos – Paulo Gomes e Márcio Zanardi –, mas o Tricolor não fez boas campanhas no Paulista e na Série B, além de ter sido eliminado precocemente na fase de grupos da Copa Paulista. Com isso, o clube não estará na Copa do Brasil do ano que vem.
Baptista defendeu o planejamento traçado na pré-temporada passada e atribuiu o insucesso a problemas de adaptação e lesões de algumas das principais contratações.
“Foi um ano frustrante para nós. Alguns erros foram cometidos e posso elencar, mas do ponto de vista de planejamento foi muito bem feito. O trabalho feito pelo Pelaipe e Dimas na pré-temporada foi bem feito, junto com a comissão técnica. Contratamos dez jogadores de alto nível não só salarial, mas qualitativo, que alguns times de Série A e quase todos da Série B queriam. Dos dez, só quatro atuaram [mais ao longo do ano]. O Leandro Pereira e o Tiago Alves não deram certo. Tiago mais por adaptação, muita gente queria. Atuaram João Carlos, Schappo, Negueba e Baggio. Outros tiveram contusões. Fomos investigar e a maioria foi por trauma”, disse.
Presidente do Conselho Administrativo da SA admite frustração, mas diz ter investido tanto quanto Novorizontino
Apesar de defender o projeto feito pelos dirigentes que já deixaram o Estádio Santa Cruz, o presidente do Conselho Administrativo da SA admite que, talvez, algumas das contratações não tenham sido tão certeiras quanto se imaginava para fazer o mesmo nível de investimento de times que brigaram pelo acesso. Isso, é claro, além das graves lesões que assombraram o Botafogo em 2024.
“Nosso investimento foi exatamente o mesmo do Novorizontino em relação à folha de pagamento. Não foi falta de investimento, talvez de perfil de jogadores, e tivemos essas lesões. De dez jogadores, dois não terem atuado [por mais tempo] é muito. Trouxemos 14 ou 15 jogadores [na primeira janela de transferências] e, desses, dez foram investimentos grandes.” Os valores porém não foram divulgados.
“De dez, errar dois é uma margem grande. A gente esperava mais, mas quatro contusões atrapalharam bastante. Se um ou dois não fossem bem, e os outros oito jogassem, poderia ser melhor. Tivemos contusões, também, de reservas imediatos, gente que contávamos no ano”, lamentou.