Com a aprovação, pela Câmara Municipal, de um projeto de lei da prefeitura, Ribeirão Preto passou a ter legislação para a utilização de água de reúso. A reutilização regulamentada não afetará a qualidade das ações a serem realizadas. A água servida para a população continuará a mesma que é ofertada hoje, oriunda do aquífero Guarani e de altíssima e comprovada qualidade, que atende a 100% da população da cidade. O reúso de água tratada reduzirá o consumo de água potável que hoje é utilizada para todo tipo de necessidade, incluindo a limpeza de vias.
Temos um alto consumo de água para muitas atividades que não exigem água potável. Um exemplo é a desobstrução de galerias de água e de esgoto, cujos jatos d’água saem de poços tubulares profundos, a mesma origem da água que a população utiliza para beber, preparar alimentos, lavar produtos e fazer todo tipo de limpeza. Com as tecnologias avançadas de tratamento de água disponibilizadas, é possível obter água de excelente qualidade a partir do tratamento de esgoto. Após o tratamento, podemos obter águas com variados graus de pureza, apenas impróprias para o consumo humano e de animais.
A coleta e o afastamento do esgoto em Ribeirão Preto passam de 99%. Com o tratamento de 100% desses resíduos, temos hoje uma grande produção de água não-potável que pode ser empregada para diversas atividades e não descartada como um produto sem possibilidade de utilização. Mesmo sendo um passo extremamente importante para o desenvolvimento urbano e do saneamento de Ribeirão, era necessário ter tais diretrizes para assegurar o uso correto desses efluentes e sua fiscalização, que passam a ser de responsabilidade municipal e estadual.
Com o reúso desta água tratada, vamos reduzir o consumo de água subterrânea que atualmente é a única fonte de oferta de água da cidade. Assim vamos prolongar a vida do aquífero Guarani enquanto buscamos outras formas de abastecimento, com água de superfície. São medidas como esta que melhoram os índices de Ribeirão Preto no ranking de saneamento, principalmente por ser uma das poucas cidades de seu porte a coletar praticamente todo o esgoto produzido e tratar tudo que é coletado, além de ofertar água a 100% da população.
Mas esta é, felizmente, apenas uma das ações de nossa administração em busca das boas práticas ambientais para obter soluções sustentáveis. Porque este é um caminho sem volta e que deve ser seguido por administradores públicos e privados. Dentro da Secretaria Municipal de Água e Esgotos (Saerp) já iniciamos estudos para a aquisição de energia elétrica verde para atender as unidades de alta tensão da Secretaria. Como a água é retirada de poços tubulares profundos, a energia elétrica é o principal insumo da Saerp.
Na Secretaria Municipal do Meio Ambiente várias outras ações são realizadas permanentemente em busca da preservação, monitoramento e controle de práticas sustentáveis. Entre as ações está a elaboração de um relatório de Desempenho Ambiental, Social e de Governança chamado Relatório ESG, concluído no ano passado e já disponível no site da prefeitura. Ao adotar o ESG, o município pode alavancar títulos verdes para financiar projetos municipais de sustentabilidade, buscando soluções para um melhor planejamento urbano.
Na Secretaria Municipal da Educação estamos cuidando do reverdejamento das unidades e implantamos em uma de nossas escolas a produção de energia elétrica por captação da luz solar. O projeto proporcionará economia de R$ 30 mil por ano e já tem planejamento para implantação em outras escolas. São estes apenas alguns exemplos do que fazemos para deixar a nossa cidade cada vez mais sustentável, sem deixar de ser global e acolhedora.