A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) vai lançar nas próximas semanas um serviço de divulgação das licitações da administração municipal. O objetivo é divulgar as oportunidades que os processos licitatórios oferecem já que, segundo a entidade, muitas empresas e associados desconhecem este nicho de mercado, “que é muito grande e tem muitas exigências diferentes”, diz em comunicado.
O planejamento do trabalho teve início há dois meses e nasceu da constatação feita em pesquisas de que a prefeitura de Ribeirão Preto recuperou sua capacidade de pagamento junto aos fornecedores e prestadores de serviços locais. “Os empresários estão mais confiantes”, completa o presidente da Associação Comercial, Dorival Balbino. A entidade vai acompanhar as licitações publicadas no Diário Oficial do Município (DOM) e divulgará, pelo menos uma vez por semana, para seus associados, informações segmentadas de acordo com o potencial de interesse nos certames. Esta comunicação será feita via e-mail e atingirá os 5.600 sócios da Acirp.
Em janeiro, a prefeitura de Ribeirão Preto anunciou que, após quatro anos de sucessivos déficits orçamentários, fechou 2017 com resultado positivo de R$ 309.299.995,60. Esse valor é a diferença entre a receita e a despesa realizadas durante o ano passado. O resultado quase foi suficiente para “cobrir” os rombos registrados de 2013 a 2016 – segunda gestão Dárcy Vera (sem partido, a primeira foi de 2009 a 2012), um total de R$ 321.848.520,00.
A dívida fiscal líquida do município, representada pelos débitos de longo prazo (parcelada), mais fornecedores de curto prazo em restos a pagar, teve redução de R$ 237.372.494,48 no ano passado, em comparação com 2016. O resultado foi alcançado, principalmente, pela redução dos gastos e pela melhora na gestão do caixa, que possibilitaram um controle maior das dívidas de curto prazo com fornecedores.
Para este ano, o governo diz que elaborou uma peça orçamentária realista, com previsão de receita e despesas de R$ 2,992 bilhões, 3,5% acima do orçamento superestimado aprovada pelo Legislativo para 2017, de R$ 2,891 bilhões, aporte de R$ 101 milhões. A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018 estima que a administração direta – secretarias e gabinete do prefeito (R$ 22,4 milhões) – terá R$ 2,242 bilhões, apenas 0,85% acima do valor referente a 2017, de R$ 2,223 bilhões, aporte de apenas R$ 19 milhões.