Tribuna Ribeirão
Geral

Acirp diz que ‘não joga para a torcida’

RAFAEL CAUTELLA

A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) divulgou nesta terça­-feira, 23 de março, informe em que afirma que o atual momento que o município enfrenta por causa da pan­demia do coronavírus “exige soluções e não bravatas”. Diz que o fechamento de estabele­cimentos e corte de empregos são problemas sérios demais para que se perca tempo com soluções fáceis e oportunistas.

No documento, a entidade afirma que, ao longo de sua existência, tem se pautado por uma relação franca e verdadei­ra com os seus associados. “A entidade não faz falsas pro­messas, demagógicas, apre­sentadas unicamente com o objetivo de mostrar que está fazendo alguma coisa”, ressalta.

“É justamente pelo res­peito aos nossos associados e a terrível situação que a eles foi imposta pela pandemia da covid-19, que optamos em não jogar para a torcida. Isso deixamos para os falsos profetas e os oportunistas de ocasião”, diz o documento.

O texto também ressal­ta que optou por não adotar medidas judiciais fadadas ao fracasso e que optou por fa­zer propostas concretas, que podem minimizar os proble­mas do nosso empresariado. A principal delas um pacote de medidas enviadas ao Exe­cutivo pedindo a suspensão ou adiamento dos pagamentos de impostos e tributos municipais enquanto durar a pandemia.

Também pede a criação de novas linhas de crédito para permitir a manutenção do ca­pital de giro e outras propostas que lembrem ao Poder Público que as dificuldades devem ser divididas entre todos e segun­do a Acirp,não apenas entre a classe produtiva da cidade.

O documento finaliza afirmando que “infelizmente, a pandemia ficará entre nós por mais alguns longos meses e, neste caso, a prioridade da Acirp é manter as empresas abertas. Isso não se consegue com liminares vazias, pedin­do o fim de ‘lockdown’, por exemplo, de efeitos práticos muito reduzidos”.

E conclui: “o importante, neste momento, é fazer com que os negócios sigam abertos e isso se consegue reduzindo ao mínimo a carga tributária brutal a que estão sujeitas as nossas empresas. Não é aceitável, por exemplo, que empresas fechadas há meses sejam obrigadas a pagar uma taxa de funcionamento. É um procedimento cruel e insen­sível do Poder Público, que não aceitamos”.

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