O Instituto de Economia Maurílio Biagi lançou nesta terça-feira, 10 de agosto, pesquisa por amostragem entre os 5.600 sócios da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) com o objetivo de avaliar o impacto das obras de construção de dois corredores de ônibus junto ao comércio e serviços locais.
O instituto é o braço da Acirp que atua na produção de análises e pesquisas relacionadas com o ambiente econômico de Ribeirão Preto. Os associados foram divididos em duas categorias: aquela cujos comércios e serviços estão localizados nas proximidades de obras já concluídas e um segundo grupo, cujas atividades ainda convivem com a construção dos corredores.
“Queremos saber, por exemplo, qual foi o impacto dos corredores de ônibus já concluídos entre as empresas instaladas nas redondezas. Foi positivo? Já dá para sentir os efeitos? Foi negativo ou os efeitos não são dignos de registro? Além disso, também queremos saber como a paralisação de algumas obras afetou as vendas e qual o tamanho do prejuízo”, afirma o coordenador do Instituto Maurílio Biagi, Vicente Golfeto.
A Acirp tem se envolvido diretamente no Programa Ribeirão Mobilidade, em especial na construção dos corredores de ônibus. A entidade tem levado as reivindicações do setor produtivo à prefeitura de Ribeirão Preto, ao mesmo tempo em que acionou o Ministério Público de São Paulo (MPSP) em busca de solução mais ágil e efetiva para a retomada e conclusão das obras paradas.
O valor das obras dos dois corredores de ônibus é de R$ 39.740.679,60. A construtora concluiu 50% das obras, que começaram em janeiro do ano passado e deveriam ter sido entregues em janeiro de 2021. Tanto a Conterslo como a Coesa suspenderam os trabalhos alegando aumento do preço dos insumos – materiais de construção. Agora, não há mais prazo para a conclusão das intervenções.
Em 28 de julho, representantes da Acirp estiveram reunidos com o secretário municipal de Obras Públicas, Pedro Luiz Pegoraro, e com o promotor Sebastião Sérgio da Silveira para tratar de possíveis alternativas para as obras do Programa Ribeirão Mobilidade – a versão tucana do Programa Aceleração do Crescimento II – PAC da Mobilidade.
O tema central do encontro são as obras nas avenidas Dom Pedro I, no Ipiranga, e Saudade/Rua São Paulo, nos Campos Elíseos, ambas na Zona Norte de Ribeirão Preto, que estão paralisadas. Os trabalhos começaram em janeiro de 2020 e deveriam estar prontas no início deste ano.
No dia 22 de julho, a prefeitura de Ribeirão Preto anunciou a rescisão dos contratos com as empresas Contersolo Cosntrutora e Coesa Engenharia, responsáveis por quatro das 30 obras do PAC da Mobilidade. Na semana passada, a prefeitura de Ribeirão Preto anunciou que vai aplicar multa de R$ 5.186.600 nas empresas Contersolo Construtora e Coesa Engenharia, responsáveis por quatro obras paralisadas.
Também revelou que vai abrir novas licitações para concluir as intervenções.
Estão na lista dois viadutos na avenida Brasil (Zona Norte), o túnel da praça Salvador Spadoni (Zona Sul), e dos corredores de ônibus das avenidas Dom Pedro I e Saudade/Rua São Paulo (Zona Norte). A multa corresponde ao percentual de 10% do saldo remanescente das obras.
O valor total das obras é de R$ 92.778.335.24 e o saldo remanescente, segundo a Secretaria Municipal de Obras Públicas, é de R$ 51.866.000. Por isso o valor da multa será de R$ 5.186.600. A Contersolo era responsável pela construção de dois viadutos na avenida Brasil e do túnel da praça Salvador Spadoni. A Coesa Engenharia era responsável por dois corredores de ônibus na Zona Norte.
E-mail
A pesquisa, composta por dez questões, será distribuída pela rede de e-mail marketing da Acirp aos associados. O prazo de conclusão é de uma semana e deverá contar com uma amostra mínima de 200 empresários de diversos setores e tamanhos para produzir um resultado estatisticamente confiável. Interessados em participar da pesquisa podem preencher o formulário no link: https://forms.gle/Vu3krw6owDgtPer69.