A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) deu início a uma campanha em prol da revitalização do Distrito Empresarial Prefeito Luiz Roberto Jábali, na Zona Norte da cidade. Após tratativas iniciadas pela entidade, a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento já se reuniu com Procuradoria Geral do Município para elaboração de súmula administrativa que visa suprir as principais demandas da região, englobando segurança, contratos e infraestrutura.
Participam como parceiros da iniciativa a Associação de Desenvolvimento do Distrito Empresarial de Ribeirão Preto (Adderi) e duas secretarias municipais, a de Inovação e Desenvolvimento e a de Planejamento e Desenvolvimento Urbano. A proposta da Acirp busca sanar três problemas crônicos da região: a instabilidade da rede elétrica – será discutida com a CPFL Paulista, concessionária que atua na cidade –, o abandono de lotes e a segurança do distrito.
O projeto urbanístico feito pelo Departamento de Relações Institucionais da Acirp prevê a construção de duas guaritas de segurança em pontos estratégicos da região. As estruturas serão custeadas pelos próprios empresários locais.
“A Acirp vê como positiva a súmula editada para flexibilizar a legislação permitindo que os terrenos vazios possam ser alugados, favorecendo maior ocupação por empresas no distrito, gerando ainda mais empregos”, diz Igor Lupino, coordenador jurídico e de relações institucionais da Acirp.
“Quanto ao fornecimento de energia, temos relatos de industriais que tiveram 23 quedas de energia em um único dia, isso não pode acontecer porque tira a produtividade e gera riscos de danos aos maquinários e prejuízos milionários”, destaca o coordenador da Acirp.
Os terrenos do Distrito Empresarial foram vendidos em licitações públicas e até então os proprietários não podiam alugar ou vender os espaços, gerando abandono de áreas. O último leilão ocorreu em 30 de novembro de 2021, quando a prefeitura de Ribeirão Preto disponibilizou 13 lotes para venda, por meio de processo licitatório de maior oferta. A última fase ocorreu na Comissão de Licitação da Secretaria Municipal de Administração.
A abertura dos envelopes com as propostas registrou lances para todas as áreas disponíveis. Inicialmente, 17 empresas entregaram propostas e 15 foram habilitadas. As 13 áreas medem entre 861,21 metros quadrados e 4.793,25 m², avaliadas entre R$ 208.120 e R$ 1.158.336,79.
Segundo as regras, a partir da assinatura do contrato de compra e venda, os empresários tinham prazo de 90 dias para apresentar o projeto de construção da unidade produtiva e 24 meses para construir, implantar e fazer funcionar a unidade. O Tribuna pediu informações atualizadas para a prefeitura, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Localizado na região Norte da cidade, até o final de 2021 o Distrito Empresarial tinha cerca de 70 empresas instaladas, dividido em três etapas, com área total de 1,48 milhão de metros quadrados. A terceira e última, que possui área de 605 mil m², recebeu mais de R$ 20 milhões de investimentos do município e foi entregue pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB) no dia 18 de julho de 2018.
Recebeu importantes obras de infraestrutura, como 5,7 quilômetros de pavimentação asfáltica, canalização do córrego do Simioni, implantação de 4.745 metros lineares de galerias pluviais, 4.945 metros de rede de água e esgoto, 3.272 metros quadrados de ciclovias, 9.842 metros de guias e sarjetas, 134 placas de sinalização vertical e iluminação do local.
O local também é atendido por transporte público, com a linha de ônibus Centro/Distrito Empresarial – Linha B 601. A localização estratégica – a seis minutos da Rodovia Anhanguera (SP-330), no entroncamento com a Rodovia Alexandre Balbo (SP-328, o Anel Viário Norte), a 16 minutos do Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes e a 24 minutos do Centro da cidade – é outro atrativo para os negócios.