O número de vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito cresceu 21,2% em Ribeirão Preto em cinco meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2019, segundo o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP).
Foram 40 óbitos no perímetro urbano da cidade – a malha viária é composta por 1,5 mil quilômetros de vias municipais e também de rodovias concedidas pelo Estado –, contra 33 em 151 dias do exercício anterior, sete a mais. A taxa de mortalidade ficou em 4% em janeiro, 2,5% em fevereiro, 2,7% em março e de 1% em abril.
Foram dez mortes em janeiro, onze em fevereiro, dez em março, apenas três em abril e seis em maio – nos dois últimos meses a quarentena imposta pelos decretos de isolamento social já estava mais severa. No mês passado houve queda de 83,3% e cinco óbitos a menos que os onze do mesmo período de 2019.
Nos primeiros 31 dias do ano passado foram cinco falecimentos, mas dois no segundo, sete no terceiro, oito no quarto e onze no quinto. Vinte e três motociclistas morreram entre 1º de janeiro e 31 de maio, mais da metade das vítimas fatais (57,5%). Seis eram pedestres (15%), seis estavam de bicicleta (15%) e cinco de carro (12,5%)
A média no quinquemestre é quase uma morte a cada quatro dias (3,7). A maioria das vítimas chegou a ser socorrida – 24 pessoas (60%) foram levadas para hospitais e unidades de saúde, mas não resistiram aos ferimentos – e 16 morreram no local dos acidentes (40%).
Trinta e duas das vítimas eram homens (80%) e oito, mulheres (20%). A maioria tinha entre 45 e 54 anos (seis) ou eram jovens com idades entre 18 e 24 anos (seis). Mais dez estavam nas faixas entre 45 e 49 (cinco) e de 55 e 59 anos (cinco). Três tinham entre 25 e 29 e mais três eram octogenários. Os outros doze estavam fora dessas faixas – de 35 a 44 (cinco óbitos), de 60 a 64 (dois), de 65 a 79 (quatro) e de 30 a 34 (um).
As mortes ocorreram em colisões (17 casos), choques (sete), outros tipos de acidentes (oito) e atropelamentos (seis), além de dois casos com informação não disponível. O número de vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito recuou 15,2% em Ribeirão Preto no ano passado, na comparação com 2018, segundo o Infosiga-SP.
Foram 78 óbitos no perímetro urbano da cidade – a malha viária é composta por 1,5 mil quilômetros de vias municipais e também de rodovias concedidas pelo Estado – em 2019, com média de seis mortes por mês, uma a cada cinco dias. Em 2018, foram registradas 92 mortes, 14 a menos, com média mensal de quase oito casos, perto de uma vítima fatal a cada quatro dias.
Segundo o Infosiga-SP, no ano passado Ribeirão Preto registrou cinco mortes em janeiro, duas em fevereiro, sete em março, oito em abril, onze em maio, doze em junho, três em julho, sete em agosto, mais sete em setembro, oito em outubro, três em novembro e cinco em dezembro.
Em 2018 foram cinco no primeiro mês, oito no segundo, seis no terceiro, cinco no quarto, nove no quinto, 16 no sexto, oito no sétimo, 15 no oitavo, seis no nono, quatro no décimo, cinco no 11º e mais cinco no último. A maioria das vítimas de 2019 era de motociclistas: 40 morreram nas vias da cidade, ou 51,3% do total.
Dezoito pedestres – ou 23,07% – também faleceram no perímetro urbano de Ribeirão Preto. Catorze estavam de carro, caminhão, ônibus ou outro meio de transporte não definido (17,95%), três eram ciclistas (3,84%) e três não foram identificados (3,84%).
Sessenta e quatro eram homens – ou 82,5% – e 14, mulheres (ou 17,95%). Foram 27 colisões (34,61%), 21 atropelamentos (26,92%), 15 acidentes de outros tipos (19,24%), onze choques (14,1%) e quatro não disponíveis (5,13%).
Acidentes com vítimas não fatais recuam 20,2%
O número de acidentes com vítimas não fatais em Ribeirão Preto recuou 20,2% no primeiro quadrimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Baixou de 1.615 para 1.288, com 327 ocorrências a menos. A média diária baixou de quase onze (10,7) para oito (8,5). Em 2020, a cidade registra um caso a cada duas horas e 50 minutos.
Neste ano, porém, o fluxo de veículos caiu por causa da quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus – está em vigor desde 23 de março, com um período de 15 dias de flexibilização no início deste mês, mas que foi suspensa por causa da baixa taxa de isolamento social (média inferior a 50%).
A cidade registrou 271 acidentes em janeiro, mais 326 em fevereiro, 258 em março, 194 em abril e 239 em maio. A quarentena por causa da pandemia do novo coronavírus ficou mais severa nos dois últimos meses. No mês passado, houve queda de 37,3% em comparação com os 381 do mesmo período de 2019, ou 142 ocorrências a menos.
No primeiro quinquemestre do passado, também ocorreram colisões, choques e atropelamentos em janeiro (275), fevereiro (304), março (297) e abril (358). Neste ano, 1.157 acidentes sem vítimas fatais ocorreram em vias municipais (89,83%) e 131 em rodovias e vicinais dentro do perímetro urbano (10,17%).
Foram 742 colisões (57,6%), 97 choques (7,54%), 70 atropelamentos (5,43%) e 151 de outros tipos (11,73%) e 228 não identificados (17,7%). Em 2019 inteiro, a cada dia, quase onze casos (10,8) foram registrados na cidade. No ano passado foram 3.976 ocorrências, 331 por mês.
O pico ocorreu em maio, com 381 casos, e janeiro foi o período com menor incidência, com 275 sinistros – os números são atualizados mensalmente. Os dados fazem parte da nova plataforma Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP), que antes só divulgava informações sobre óbitos na malha viária dos 645 municípios do Estado de São Paulo.