O número supera a votação de Guilherme Boulos (PSOL), que recebeu pouco mais de 2,3 milhões de votos. Nulos e brancos somaram mais de 665 mil (10,42%), abaixo dos 879 mil registrados em 2020, o que significa que quase 42% dos eleitores não votaram em nenhum dos dois candidatos no segundo turno desta eleição.
Em 2020, na última disputa municipal em que houve segundo turno, entre Bruno Covas (PSDB) e Boulos, a abstenção registrada já havia batido um recorde, chegando a 30,81% – ou seja, 2,77 milhões de eleitores.
Na eleição de 2016, João Dória (PSDB) derrotou Fernando Haddad (PT) no primeiro turno com uma abstenção de 21,8%. No segundo turno da eleição de 2012, quando Haddad venceu José Serra (PSDB), o índice havia sido de 19,99%.
Em 2008, Gilberto Kassab (PSD) venceu Marta Suplicy (PT) com um índice de abstenção de 17,54%. E, em 2004, quando Marta foi derrotada por Serra, a ausência ficou em 17,55%. Para alguns analistas, o aumento da abstenção ao longo dos anos poderia indicar uma tendência de insatisfação com a democracia representativa. A menor abstenção desde a redemocratização foi registrada em 1988 (6,98%), na disputa em que Luiza Erundina (PT) ganhou de Paulo Maluf (PDS).
Crescimento
No primeiro turno, no dia 6, a 1.ª Zona Eleitoral (Bela Vista), localizada na região central, registrou a maior abstenção da cidade, com 34,81% dos eleitores optando por não comparecer às urnas. Já a 397.ª Zona Eleitoral (Jardim Helena), na zona leste, teve o maior comparecimento (75,72%).
As maiores abstenções nas quatro últimas eleições municipais foram registradas na 1.ª Zona Eleitoral (Bela Vista) e na 3.ª Zona Eleitoral (Santa Ifigênia), ambas a região central, e na 5 ª Zona Eleitoral (Jardim Paulista), na zona oeste. No primeiro turno de 2024, todas tiveram mais de 30% de abstenção.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.