A Abrasmercado – indicador que mede a variação de preços nos supermercados –, cesta composta por 35 produtos de largo consumo, dentre eles alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza, registrou inflação de 1,27% em julho, ante queda de 0,90% em junho e depois de duas altas seguidas, em maio (0,84%) e abril (0,25%).
Antes da deflação de 0,16% em março, foram cinco aumentos seguidos desde outubro do ano passado. Subiu 0,79% em fevereiro e 1,40% em janeiro. Agora, passou de R$ 752,11 em junho – maior valor desde maio do ano passado (R$ 750,22) – para R$ 742,60 em julho na média nacional, desconto de R$ 9,51. A cesta acumula alta de 2,77% no ano.
Na comparação anual, com os R$ 730,06 de julho de 2023, a inflação chega a 1,72%. São R$ 12,54 a mais. A pesquisa é elaborada e divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A cesta mais barata no período foi constatada em setembro do ano passado (R$ 705,21).
Em 2023 – Fechou o ano passado com deflação de 4,22% em doze meses, maior queda anual registrada desde 2017, quando ficou em -7,05%. Na Região Sudeste, recuou de R$ 766,94 em junho para R$ 756,25 em julho, desconto de R$ 10,69 e deflação de 1,39%.
Fatores – Na comparação com junho, as maiores quedas vieram do tomate (-31,24%), cebola (-8,97%) e batata (-7,48%). Já dentre os produtos básicos foram: feijão (-1,82%), leite longa vida (-0,92%) e arroz (-0,51%). As altas nesse grupo foram puxadas por café torrado e moído (3,27%), farinha de trigo (2,55%), açúcar refinado (0,74%) e óleo de soja (0,40%).
Dentre os produtos lácteos, as demais variações foram: leite em pó integral (0,31%), margarina cremosa (-1,26%) e queijos muçarela e prato (-0,27%). Na cesta de proteínas animal a maior queda veio dos ovos (-2,67%), seguido de carne bovina – corte do dianteiro (-0,83%), frango congelado (-0,38%). As altas vieram da carne bovina – cortes do traseiro (0,41%) e pernil (0,13%).
Na categoria de higiene e beleza, as variações nos preços em julho foram: sabonete (-1,17%), xampu (-0,20%), papel higiênico (+0,22%) e creme dental (+0,50%). Dentre os itens de limpeza, as quedas foram registradas em sabão em pó (-0,80%), desinfetante (-0,81%), detergente líquido para louças (-0,45%). A única alta veio da água sanitária (+0,29%).
Básicos – Na cesta de alimentos básicos (que monitora doze produtos), os preços caíram 0.32% em julho, ante inflação de 1,09% em junho, após alta de 0,78% em maio e estabilidade em abril, com leve deflação de 0,02%, após aumentos de 0,32% em março e de 1,28% em fevereiro e janeiro. Agora, passou de R$ 316,79 para R$ 315,77 em julho, abatimento de R$ 1,02.
O valor de junho (R$ 316,79) é o mais alto desde o mesmo mês do ano passado (R$ 316,29). Na comparação anual, em relação aos R$ 309,75 de julho de 2023, são R$ 6,02 a mais e alta de 1,94% em 2024. Fechou o ano passado em alta de 1,45%, custado R$ 302,24 em dezembro contra R$ 297,92 de novembro. O valor mais baixo em doze meses pertence a outubro, de R$ 296,09, indica a Abras.
As principais quedas vieram do feijão (-1,82%), farinha de mandioca (-1,49%), margarina cremosa (-1,26%), leite longa vida (-0,92%), arroz (-0,51%) e massa sêmola de espaguete (-0,35%). As altas foram registradas no café torrado e moído (3,27%), farinha de trigo (2,55%), açúcar refinado (0,74%), óleo de soja (0,40%) e carne bovina – cortes do traseiro (0,41%).