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A vez dos pequenos

Iniciamos na terça-feira, dia 18, a vacinação das crianças com idades entre 5 e 11 anos que têm alguma comorbidade ou com deficiências permanentes, contra a covid-19. Depois, vamos também vacinar as demais crianças, dentro do programa de imunização e, com isso, avançar mais no combate a esta doença que tanto preocupa a população do mundo todo. A cada fase de imunização alcançada sinto que estamos mais perto de reduzir casos, ampliar as possibilidades de reduzir restrições e levar uma vida mais próxima do que tínhamos antes do surgimento desta pandemia, no final de 2019 e início de 2020.

A importância da vacina não se resume a reduzir riscos de se contrair a doença. Ela consegue trazer mais tranquilidade em quem a recebe. Por isso foi tão esperada por todos e agora as crianças têm a chance de experimentar também este sentimento de segurança e tranquilidade. Algumas delas, entrevistadas logo após receberem a vacina, traduziram bem o que sentiam, ao di­zer que poderão ir para a escola mais tranquilas, demonstrando grande senso de responsabilidade já nesta fase da vida, quando se preocupam com a própria saúde e a educação, ao levar a sério a necessidade de se vacinarem e a determinação de frequentarem as aulas presencialmente.

Tenho dito sempre que a vacina é a nossa melhor prevenção hoje, muito embora haja vozes discordantes e algumas até com considerável ressonância. Já está comprovado que o avanço da vacinação reduziu o número de casos, internações e mortes. Se há hoje um aumento de casos, em função da variante Ômicron, as pessoas afetadas desenvolvem sintomas menos graves e a grande maioria não depende de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Grande parte dos infectados faz o tratamento em casa, sob orientação médica e isolamento de outras pessoas, sem apresentar sintomas que em ocasiões passadas ocorreram.

É por isso que devemos insistir na imunização. Porque mesmo com a contaminação de pessoas, não temos a pressão nos hospitais vivida em outras fases da pandemia. É certo que o grande número de casos tem afetado o funcionamento de empresas, pelo afastamento de funcionários. É também assim nas unidades de saúde, hospitais e postos de atendimento, até pela proximidade dos profissionais com os doentes e a doen­ça. Mas estou convicto de que seria substancialmente pior se não tivéssemos vacinado a maioria da população com as duas doses do imunizante.

Se conseguimos atravessar esse período de aumento de casos com restrições reduzidas e as atividades mantidas em sua quase totalidade é porque a maior parte procurou se va­cinar. Temos ainda uma minoria que resiste a tomar a vacina. Ou que deixou de comparecer para receber a segunda dose. Mas estas pessoas certamente se convencerão pelos exemplos de eficácia da imunização que são divulgados todos os dias pelos veículos de comunicação. E também se comoverão com as atitudes das crianças que demonstram estar ávidas para receber o imunizante, até porque não estão contaminadas por opiniões adversas a respeito do assunto.

Com mais esta fase em andamento, seguimos com o que consi­deramos correto na prevenção da pandemia, com respeito à saúde, à vida e à ciência. Vamos trabalhar para que a imunização alcance cada vez mais pessoas, com a organização dos postos, distribuição das doses para as dezenas de unidades que temos nas regiões da cidade. Esta é a forma de dizer que apoiamos irrestritamente a vacinação e que tomamos medidas que facilitem a aplicação das doses, com a responsabilidade que sempre norteou nossas ações no combate à covid-19, sem nos esquecer de ninguém.

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