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A tecnologia ajudando gerar vidas

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Levantamento da Agência Nacional de Vigilância Sa­nitária (Anvisa) mostra que São Paulo é o estado brasi­leiro que mais realiza proce­dimentos de fertilização in vitro em todo o país. Os da­dos fazem parte do 12º Re­latório do Sistema Nacional de Produção de Embriões divulgado este mês e revela que as fertilizações realizadas em 2018 representam 46,8% do total brasileiro.

Isso significa que dos 43.098 procedimentos fei­tos no Brasil neste perío­do, 20.170 foram no Estado de São Paulo. Os números também mostram que a quantidade cresceu mais de 23% no Estado em relação a 2017, quando foram realiza­das 16.357 fertilizações. Ri­beirão Preto lidera o ranking estadual.

De acordo com o rela­tório, Ribeirão Preto é a se­gunda cidade em número de clínicas de reprodução hu­mana do Estado (13%), atrás apenas da capital paulista. A cidade também está entre as poucas regiões que disponi­biliza o serviço em rede pú­blica de saúde, no Hospital das Clínicas, além de ser um centro de pesquisa para este tipo de procedimento. Ver texto nesta página.

“Em Ribeirão Preto foi realizado o primeiro procedi­mento de fertilização in vitro, em hospital público do Brasil em 1991”, lembra o médico Marcos Moura, especialista em reprodução humana, que fez parte da equipe na época.

Ribeirão Preto lidera o ranking estadual de inseminação

O médico que atualmente é responsável pela da Clíni­ca Matrix, especializada em reprodução humana, explica que a tendência desta área da medicina é de constante cres­cimento, impulsionada por regras mais flexíveis do Con­selho de Medicina; pelos novos formatos de famílias, que se tornam menos con­vencionais. Seja pelo com­portamento da mulher, que prioriza o trabalho e outras conquistas, podendo adiar os planos de engravidar; além dos avanços médicos.

“Se há 30 anos a reprodu­ção humana era um mito na vida das pessoas, hoje tornou-se fundamental para aqueles que pretendem o planeja­mento familiar adequado, até mesmo quando o orçamento é reduzido e, principalmente, quando o relógio biológico corre contra a programação”, comenta o médico.

O relatório revela tam­bém que, em 2018, foram congelados 88.776 embriões para uso em técnicas de re­produção humana assistida, 13,5% a mais do que em 2017 (78.216). Mais uma vez, São Paulo aparece no topo da lis­ta, com 38.496 embriões con­gelados, seguido de Minas Gerais (10.554) e Rio Grande do Sul (7.016).

Gravidez inesperada – Érica Grecco, de 44 anos, foi uma das que optaram pela fertilização in vitro. Há cinco anos, ela e o então marido, decidiram pelo procedimen­to após tentativas fracassa­das dela engravidar e depois de descobrirem que ambos tinham problemas que in­viabilizavam uma gravidez convencional. Com o proce­dimento, Érica engravidou e hoje é mãe de uma menina, Júlia, atualmente com cinco anos de idade.

O inusitado nesta histó­ria é que após se divorciar do primeiro marido e se casar novamente. Érica ficou grá­vida novamente sem ajuda alguma da ciência ou da tec­nologia. “Tanto eu como o medico que fez a fertilização de minha primeira filha fi­camos espantados porque as chances de eu poder engravi­dar naturalmente eram mui­to remotas”, afirma. O filho inesperado será um menino.


HC faz cerca de quatrocentos procedimentos por ano
O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto realiza cerca de quatrocentos pro­cedimentos – ciclos – de fertilização in vitro por ano. Primeiro hospital público do país a realizar este tipo de serviço pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ele já foi responsável pelo nascimento de 1500 crianças desde 1992, quando o serviço foi disponibilizado. O HC atende pacientes de Ribeirão e de mais 25 cidades pertencentes ao Departamento Regional de Saúde (DRS- XIII)

Hospital das Clínicas – primeiro hospital público a fazer os procedimentos

Segundo o medico e chefe do Setor de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas, Rui Ferriani, a taxa média de sucesso da fertilização in vitro é de 35%, dependendo das características de cada paciente. Em uma mulher de 30 anos ela é de 40%. Se tiver mais idade, esse percentual cai consideravelmente. Atualmente o ambulatório da especiali­dade tem mil casais na fila de espera e o tempo médio para conseguir iniciar o tratamento é de dois anos.

Ferriani explica também que os casais não procuram o Hospital diretamente e que eles são encaminhados pelas unidades Básicas de Saúde de Ribeirão Preto ou dos municípios subordinados ao Depar­tamento Regional de Saúde. Cabe ao HC avaliar o caso e iniciar os procedimentos, quando eles são aprovados pela equipe médica. O Hospital também atende casais homo afetivos e produções independentes em parcerias com banco de sêmen e de óvulos existentes no país e no exterior.

Diferença entre fertilização e inseminação
A inseminação artificial consiste em injetar espermatozóides no útero da paciente e então fecundar o óvulo e gerar o feto. A paciente toma uma medicação à base de hormônios para esti­mular a ovulação. O sêmen do parceiro é colhido em laborató­rio e os espermatozóides com maior mobilidade, que têm mais potencial de criar bebês, são separados e injetados no útero.

O médico Marcos Moura, especialista em reprodução humana, um
dos pioneiros

Já a fertilização in vitro é a fecundação fora do organismo da mulher. A paciente recebe medicação para ovular bastante por ciclo menstrual e os óvulos liberados são retirados e coloca­dos num meio rico em nutrientes junto com espermatozóides para que ocorra a fecundação. Após a fertilização, o óvulo vai para uma estufa onde se iniciará a divisão celular. Após essa divisão celular ele será colocado no útero da mulher.

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