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A técnica, a economia e a ecologia (4)

Analisando o comportamento de um governo como o do EUA, tido pelo menos há décadas como esbanjador de energia e dos descartáveis, verificamos que houve uma deter­minação de redução drástica de verbas destinadas à geração energética a partir de reatores nucleares, desde pesquisa, até a produção propriamente dita.

De outro lado, na maioria dos demais países, o aspecto psicossocial quando das pressões das ONGs, políticos e da população em geral criou uma opinião pública crescente contrária à energia nuclear.

Finalmente, o aspecto ambiental levando em conta, que apesar de toda a segurança e cuidados introduzidos nos pro­jetos, por mais que qualquer modelo matemático elaborado para um controle de poluição seja otimista e, por maior que seja a qualidade das instalações, caso ocorra uma agressão ao meio ambiente, esta é irreversível, não se comparando a qualquer outra forma de agressão causada quando da obten­ção energética.

Considerando os três tópicos abordados, a opinião do ambientalista sobrepuja o comportamento técnico, o que garante o encerramento e a paralisação permanente da construção de ANGRA 3

Acontece, no entanto, que existe uma usina parcialmente montada ( Angra 3), havendo engolido cifras enormes do contribuinte desde a década de oitenta do século passado e tendo suas obras paralisadas por longas décadas também. Sabe-se lá se seu projeto foi corretamente avaliado!

O déficit energético é hoje um fato e já apareceu sob a forma de racionamento “branco” apesar da recessão ainda existente no país.

A elevação dos custos da energia está fazendo haver alte­rações nos processos industriais; a reengenharia está criando novas formas de alimentação de qualidade, produtividade e economia; o desperdício, tão comum em décadas passadas, hoje é colocado como risco à sobrevivência e o domínio de formas alternativas de energia que não a nuclear talvez seja uma necessidade que extrapole os setores acadêmicos e eco­lógicos para invadir os produtivos.
É o momento de lembrarmos os acidentes nucleares já ocorridos (Tree Miles Island, Chernobyl, Fukushima) para citar os maiores, todos com danos severos à população, à economia e à ecologia.

É o momento de fazermos uma reflexão severa a respeito e mostrarmos àqueles adeptos à atual forma de obtenção de energia por processos nucleares que são na verdade, também adeptos de assassinatos em massa!

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