Sérgio Roxo da Fonseca *
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Taís Roxo da Fonseca **
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Em toda parte do universo humano a cultura tomou corpo e alma em busca de marcar as regras do passado como também fixar desde já todos os caminhos do futuro. Seria muito difícil invadir hoje o passado ou mesmo edificar o futuro com as armas que temos nas mãos no presente. Mas não é proibido, com os instrumentos que temas olhar para as fotografias que temos do passado para em seguida produzir as telas do futuro.
Para surpresa do leitor, ao olhar para o passado percebe a repetição de um fato significativo expressado com linguagens diversas.
Assim em algum lugar da Europa possivelmente alunos escolares perguntaram a seu mestre se era ele mais culto do que Aristóteles e Platão. O mestre respondeu prontamente que sua visão alcançava espaços muito mais distantes do que aqueles percebidos pelos gregos. Imediatamente os alunos lançaram contra o mestre indagações sobre os objetos de suas verdades. Os fatos tiveram como palco a França e o mestre investigado era um sacerdote.
O mestre esclareceu que era real a sua visão porque por toda a sua existência nada mais fez do que subir “nos ombros dos gigantes”, no caso de Aristóteles e Platão, conseguindo ver caminhos e descaminhos e áreas além daqueles percebidos dos pelos sábios gregas. O acontecimento até hoje é conhecido como “Nos Ombros dos Gigantes”.
Os ingleses, desmentindo, sustentaram que “Nos Ombros dos Gigantes” ocorreram em sua pátria e não na França.
O francês Descartes, tido como um dos inspiradores do racionalismo, indagado se poderia “negar” a existência de Deus prontamente respondeu que poderia negar a existência de Deus, mas que “não poderia negar que estava negando”.
A surpresa caminha. Em Praga há um monumento metálico de um homem, possivelmente Franz Kafka, trepado nas costas de outro desprovido de face. Todos dois estão de ternos e chapéu (de metal). Os coordenadores identificam Kafka e não identificam o cavalgado. Quem seria ele? O passado? Ou o futuro? Boa questão para uma difícil resposta. Os pequenos livros de Kafka acabam retratando o seu mundo enorme, espacialmente em “A Metamorfose” que reproduz a história do homem que se transformara numa barata. Caminhando pelo jardim dos judeus, em Praga, disseram-me que aquela estátua retrata exatamente a revelação do nascimento do tema “Nos Ombros dos Gigantes”. Pudera!
No quadro da instabilidade da cultura humana, a pesquisa busca analisar as escolas modernas, especialmente as do Estado de São Paulo. Os jornais acabaram de eleger a Universidade de São Paulo, a Universidade de Campinas e a UNESP como as marcas registradas dos nossos tempos. O jornal “O Estado de São Paulo” de 13 de março de 1925, página 1825, noticiou que – “No ranking de melhores universidades em termos gerais, a principal categoria da seleção, o MIT ficou em primeiro lugar. Na sequência vêm Imperial College (Reino Unido). Universidade de Oxford (Reino Unido), Harvard (EUA) e Cambridge (Reino Unido). Saiba mais: Curso de Odontologia (Unicamp); Universidade Estadual Paulista (UNESP)”.
Vale a pena estudar o MIT.Neste ano, três de seus professores receberam o Prêmio Nobel por suas pesquisas na área da inteligência artificial.
A sala de aula do MIT é composto por um número de alunos de várias origens: dois brasileiros, civis e militares norte-americanos, ingleses,franceses e até mesmo japoneses. Não seria possível estender a experiência ao Brasil?
* Advogado, professor livre docente aposentado da Unesp, doutor, procurador de Justiça aposentado, e membro da Academia Ribeirãopretana de Letras
** Advogada