Nas últimas semanas, recebemos, estarrecidos, notícias de ataques a escolas com vítimas fatais, incluindo a agressão armada a professores, que só queriam ensinar, e a alunos da mais tenra idade. Crianças com a vida inteira para aprender e ensinar, para se tornar cidadãos e cidadãs e participar da vida em sociedade e (quem sabe?) vir a ser um líder em seu trabalho, em sua família ou em sua comunidade. Por isso as notícias nos deixaram em estado de choque e com alto grau de incompreensão com os atos praticados por pessoas que aparentemente têm famílias e laços com outras pessoas.
É claro que a vivência humana é um mistério. Sempre há motivos e justificativas para todas as ações e reações, mas qualquer um tem o direito de não compreender e muito menos aceitar que em pleno 2023, em civilizações razoavelmente sólidas, este tipo de prática ainda ocorra. E, pior, ocorre de forma imprevisível, o que praticamente impede uma ação que evite tais acontecimentos e que assolam a sociedade como um todo. Podemos, no entanto, fazer tentativas.
Melhorar a segurança dos ambientes de convivência coletiva é uma medida que podemos e devemos adotar sempre que possível. Na semana passada, por exemplo, fiz uma reunião com o secretário da educação, Felipe Elias Miguel, e com o superintendente da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Domingos Fortuna, para determinar que a segurança seja reforçada em nossas unidades escolares, com o aumento do número de rondas e maior presença dos guardas civis nas escolas. As ações de reforço já acontecem desde a última segunda-feira, dia 10, com a presença de agentes e de viaturas da GCM nas proximidades das escolas.
Vamos reforçar a segurança também com programa já previsto e que contempla o conjunto de ações efetuadas na Educação de Ribeirão Preto, inclusive na segurança, com 2.560 câmeras instaladas nas unidades escolares, monitoradas pela própria GCM. Com imagem em Full HD, os equipamentos, que começaram a ser instalados em 2020, captam áudio, filmam no escuro e contam com sensores de movimento. Estes sensores são programados para ativar fora dos horários de aula e, assim, acionar uma empresa terceirizada que é responsável por realizar o primeiro atendimento em até 15 minutos.
É certo que trabalhamos com a imprevisibilidade de atos criminosos, mas a vigilância tem o poder de inibir os que planejam assim agir. Seja essa vigilância humana, por meio de policiais, ou por objetos que possam captar imagens e sons que auxiliem na identificação de autores de tais atos. O risco da identificação posterior, com possibilidade de punição, reduz consideravelmente a disposição para a prática de delitos. Os exemplos de locais monitorados mostram isso claramente. Por isso, sempre é possível prevenir para evitar o pior.
E hoje já estamos investindo cerca de R$ 80 milhões na construção de 25 novas escolas, com 14 já entregues, e adequação das existentes, temos também que zelar pela segurança. Afinal, a segurança dos prédios já está garantida em nossas 108 escolas, todas com o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), contra apenas três unidades que possuíam o documento em 2017. Estamos cuidando do conforto dos alunos, ao instalar aparelhos de ar condicionado em todas as escolas e melhorando o aprendizado, com o aumento do número de aulas e ampliação do ensino da língua inglesa.
Assim, entendemos que é de grande importância cuidar também para que estes alunos, professores e outros profissionais do ensino tenham segurança assegurada em todas as unidades, para tranquilidade também das famílias destas pessoas que precisam ir todos os dias à escola.