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A segurança do futuro

Na semana passada estive em Brasília para apresentar ao secre­tário especial de Previdência Social e Trabalho, Rogério Marinho, o novo plano previdenciário do nosso Instituto de Previdência dos Municipiários (IPM). O mesmo trabalho de nossa cidade foi por mim apresentado na reunião da Frente Nacional de Prefeitos, também em Brasília. Nesta ocasião, a apresentação foi também assistida pelo subsecretário dos regimes próprios da Secretaria de Previdência do Ministério da Economia. Tive a oportunidade de mostrar a colegas prefeitos o que já fizemos e o que ainda fazemos para garantir que o nosso regime próprio de previdência tenha sustentabilidade em futuros próximos e distantes.

Uma das principais mudanças feitas na reestruturação do IPM é a implantação da nova previdência municipal, que prevê o pagamento do teto do INSS aos servidores municipais concursa­dos contratados a partir de março de 2019, quando se aposenta­rem. Quem quiser ter renda acima do teto pago pelo INSS – hoje com valor bruto de R$ 6.032,73 –, pode optar por pagar previ­dência complementar.

Também, por lei aprovada pela Câmara Municipal, aumenta­mos a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores de 11% para 14% e da Prefeitura de 22% para 28%, uma ampliação de 9% nas receitas do Instituto. E ainda colocamos a dívida ativa do município para lastrear o déficit atuarial do IPM e criamos um fundo imobiliário e de outros ativos para garantir a sustenta­bilidade das despesas do nosso regime próprio de previdência.

Todos estes pontos foram explicados ao secretário e aos prefeitos presentes ao encontro. Assim como mostramos outras medidas em andamento para concluir a reestruturação. Está na Câmara, para apreciação dos vereadores, dois projetos do Executivo; um de lei complementar e outro que altera a Lei Orgânica do Município, para que possamos recepcionar todas as alterações, prazos e mudanças feitas pela Emenda Constitucional nº103/2019.

Com as medidas adotadas e em tramitação, temos a certeza de que caminhamos na direção correta ao enfrentar as adversidades representadas pelo desequilíbrio entre receitas e despesas do IPM e ao garantir segurança jurídica para nosso regime próprio de pre­vidência, assim como assegurar a existência de recursos para que todos os inativos e pensionistas tenham seus benefícios pagos de forma contínua e sem atrasos. E também garantir que as finanças da prefeitura sejam preservadas, sem a necessidade de repasses extras, além das contribuições legais já pagas.

As ações implementadas a seriedade na gestão do IPM já garantiram a manutenção do Certificado de Regularização Previdenciária (CRP) para os próximos oito meses. Isso garante o funcionamento adequado do IPM e a continuidade de repasses federais à prefeitura. O trabalho vai produzir ainda mais benefí­cios aos servidores no momento da inatividade, porque estes não correrão riscos com relação aos direitos conquistados ao longo de uma vida inteira de serviços prestados às pessoas, com dedi­cação e desprendimento. E decidimos pelas medidas – algumas até incompreendidas por parte dos servidores – por uma questão de responsabilidade com o futuro dos nossos servidores e para impedir a imprevidência contra o nosso regime, já cometida em tempos passados, levando o IPM a depender de recursos públicos que poderiam ser aplicados em obras e na melhoria dos serviços públicos disponibilizados. Ao encarar os obstáculos e encaminhar as soluções, garantimos que estas dificuldades dei­xem de existir no futuro.

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