O modelo do contrato por obra, em prática em todas as TVs nos seus trabalhos da dramaturgia, também põe fim em alguns rótulos que foram usados por muito tempo.
Durante décadas, porque os vínculos contratuais eram extensos, centenas de artistas passaram a ser conhecidos como “atores globais”. Foi quase que uma senha milagrosa na vida de muitos deles, na hora de fechar campanhas publicitárias e até fazer presença em bailes de debutantes ou casamentos.
Só que o mundo mudou. Hoje, um ator ou atriz, que está em uma novela na Globo, já tem o seu empresário ou agente negociando com a Record – e vice-versa.
Olha a lista de alguns casos recentes: Ricky Tavares, após “Gênesis” (R), foi para “Além da Ilusão” (G). Caio Manhente estava na Globo, foi para a Record, voltou para a Globo e agora assinou com o Disney+. Julia Guerra, antes de “Reis”, gravou para os primeiros capítulos de “Pantanal”. Cláudio Cinti, saltou de “Além da Ilusão” para “Todas as Garotas em Mim”. E, parando por aqui, tem ainda a Erika Januza que acertou com Globoplay, Disney e Netflix quase de uma vez. É um movimento daqueles, difícil até de acompanhar.